A Associação Comercial e Industrial (ACI) Santa Cruz do Sul iniciou nessa terça-feira. 11, a programação de 2025 da reunião-almoço “Tá na Hora”. O convidado foi o diretor-geral da concessionária Rota de Santa Maria, Leandro Conterato. Ele teve a oportunidade de apresentar para empresários e políticos o andamento das obras de duplicação da RSC-287, além das medidas adotadas a partir do registro da maior catástrofe ambiental registrada no Rio Grande do Sul. Parte dos projetos executivos já foi protocolada na Secretaria da Reconstrução Gaúcha, no aguardo de aprovação.
“É uma ótima oportunidade para falarmos sobre a infraestrutura e resiliência climática”, destacou o gestor no evento realizado no restaurante do Hotel Águas Claras. Conterato é engenheiro civil, formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), e acumula especializações em infraestrutura, com atuação na área de Concessões de Infraestrutura, Desenvolvimento de Negócios e Gestão de Projetos.
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O Tá na Hora tem o patrocínio do Banrisul, BRDE, BAT, Gazeta Grupo de Comunicações, JTI, Philip Morris Brasil, Unimed, Unisc e Universal Leaf. A próxima edição terá como painelista o presidente da Fiergs, Cláudio Bier.
Leandro Conterato reforçou que dois trechos estão com obras de duplicação: um na área urbana de Tabaí e outra entre os quilômetros 102 e 105, em Santa Cruz do Sul. A expectativa é de que a intervenção entre a Avenida Melvin Jones e a BR-471 esteja concluída até agosto. “Vai transformar de maneira profunda aquela região”, comentou.
O trecho é considerado curto, com apenas três quilômetros, mas em função do relevo, demanda uma série de ações, como as detonações que têm sido feitas de forma escalonada para garantir segurança e não representar muito tempo de via interrompida. Semanalmente, a concessionária divulga as datas das explosões e alerta os condutores sobre as paradas.
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As intervenções começaram em novembro, já tendo sido construída a via paralela para desvio. Também serão criadas marginais e passagem inferior para quem segue no sentido Avenida Independência–Rio Pardinho, além da elevada, com duas passagens por baixo.
O semáforo que funciona na RSC-287 será desativado e a travessia para o outro lado da rodovia, em veículos, ocorrerá pela passagem inferior, que já vem sendo construída. Para os pedestres será instalada uma passarela à esquerda do fluxo da Avenida Independência.
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Enquanto as obras acontecem, os motoristas devem redobrar a atenção à sinalização, pois os serviços são feitos sem a interrupção do trânsito.
O cronograma original do contrato de concessão da RSC-287 deixou de ser a base dos trabalhos da Rota de Santa Maria, a partir do momento em que parte da rodovia foi danificada durante a catástrofe natural de maio de 2024. Novos termos têm sido definidos a cada trecho e estudo realizado pela concessionária, com encaminhamento à Secretaria da Reconstrução Gaúcha.
Com a situação atual, tem sido dado foco para as áreas mais emergenciais, como é o caso da ponte sobre o Arroio Grande, em Santa Maria, que conta com estrutura temporária do Exército e será substituída por permanente, maior e mais alta. A tendência é que todas sejam construídas em níveis acima das máximas de cheia registradas.
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A situação agravou-se, contou Leandro Conterato, pela posição geográfica da rodovia, que fica na planície, logo abaixo da área alta do Estado. Soma-se a isso a proximidade com as bacias hidrográficas. Essa condição faz com que a rodovia fique gravemente exposta às enchentes extremas.
Por essa condição, em alguns trechos a via foi totalmente levada pela força da água, e em outros, parte dela foi danificada, mas isso inviabiliza que seja reaproveitada. Assim, adianta Conterato, a nova pista será construída para depois arrumar os locais onde foram feitos os desvios, como em Venâncio Aires e Candelária.
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Uma série de questões pontuais foram apresentadas durante o painel de Leandro Conterato na reunião-almoço Tá na Hora. As curvas de Pinheiral estão entre elas, com duas demandas. A primeira é regional, solicitando a alteração no traçado, fazendo-o mais retilíneo. A Secretaria da Reconstrução Gaúcha demandou um estudo de viabilidade técnica, econômica e ambiental, com verificação dos custos. Ele foi elaborado e encaminhado e está em análise para, a partir disso, definir se vai se transformar em alteração do projeto ou obra adicional que será incorporada ao contrato.
“Temos demanda de novos dispositivos em toda a região, entre os quilômetros 90 e 95. Temos estudos avançados quanto à possibilidade de retorno e cruzamento. Estamos avaliando a possibilidade de dois dispositivos, que vão facilitar que as comunidades locais ingressem na rodovia e façam o retorno, facilitando o trajeto”, confirmou Conterato.
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O gestor também apontou para a falta de controle sobre a quantidade de acessos à rodovia, alguns irregulares. São mais de 2,5 mil. “Essa é a segunda causa de acidentes na 287”, alertou. Essa questão deverá ser vista com atenção, pois ao ser duplicada a via possibilitará a adoção do limite de velocidade de 100 quilômetros por hora (80 em zona urbana), e a travessia não pode ser feita de forma descontrolada.
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