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Rota de Santa Maria assume a RSC-287 e pedágio já está mais barato

O dia 31 de agosto de 2021 marca o início de uma nova era quando o assunto é a RSC-287. Nessa data, por um período de 30 anos, a Rota de Santa Maria, empresa vinculada à espanhola Sacyr, assume a concessão da rodovia, entre Tabaí e Santa Maria. Pedágio mais barato, mais praças de cobrança e o compromisso de realizar uma série de obras são alguns dos destaques desse novo período, o que deve representar um investimento de R$ 2,7 bilhões.

Nessa segunda-feira, 30, o Diário Oficial do Estado publicou a súmula do termo de arrolamento e transferência de bens do contrato 20/2021, que repassa para a empresa a responsabilidade de manutenção e investimento na via. Assinado pelo secretário de Logística e Transportes, Juvir Costella, o documento aponta que a concessionária assume o controle do sistema rodoviário a partir das 23h59 do dia 30 de agosto.

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Passada a parte burocrática, caberá à Rota de Santa Maria cumprir as obrigações estabelecidas no contrato. E não são poucas. São medidas que vão dar maior segurança para trabalhadores como Vitor Matheus Patsch, que há sete anos é motorista. “Está muito complicado transitar. Domingo vi quatro carros parados na beira da rodovia trocando pneus furados”, destaca.

Ele compara vias como as do Sul do Estado, onde o pedágio tem um custo maior, mas a qualidade da pista é superior. “Lá em Pelotas aumentou, dá R$ 270,00 ida e volta, mas o asfalto é um tapete. Por aqui não é assim. E depois de Paraíso do Sul é ainda pior”, reforça.

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Ao que tudo indica, Patsch não terá de esperar muito para ver a RSC-287 em melhores condições. O cronograma, a partir do início da cobrança do pedágio, estabelece que até o 9º ano deve estar concluída a duplicação do trecho entre Tabaí e Novos Cabrais.

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A Rota de Santa Maria, no entanto, já teria encaminhado plano de antecipação ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para garantir financiamento para que a obra seja concluída em cinco anos. O restante, até Santa Maria, deve estar duplicado até 2039.

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Valores que entraram em vigor são 47% menores que os praticados pela EGR
Motorista Vitor Patsch reforça a necessidade de melhorias nas condições da estrada | Foto: Rafaelly Machado

Confiança

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A possibilidade de antecipar a realização de obras é vista com bons olhos pelos empresários. Vice-presidente da Associação Comercial e Industrial (ACI) de Santa Cruz do Sul, Cesar Cechinatto confirma a expectativa. “A classe empresarial vê como simpática, aguardada e necessária a antecipação do cronograma de duplicação”, afirma.
A entidade acompanha e foi incentivadora do processo de concessão da RSC-287. “Sabemos que ninguém gosta de pagar pedágio, mas o mundo mudou. Estados e o País passam por extremas dificuldades, então a melhor, se não a única solução, é a privatização”, destaca.

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Cechinatto entende que o processo foi uma somatória de bons momentos. Primeiro, pela condução do governo do Estado. Depois, pela forma como a empresa vencedora agiu para sair vitoriosa, estabelecendo uma tarifa aquém do que era previsto. “Sabemos que se trata do quarto maior grupo do setor no planeta, o que nos traz tranquilidade de que os resultados serão de qualidade.”

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Além dessa sensação de segurança, a Rota de Santa Maria passa a oferecer, imediatamente, serviço médico e mecânico e inspeção de tráfego entre Candelária e Venâncio Aires. Em até seis meses, será em todo o trecho. Câmeras também serão instaladas na área concedida, com monitoramento desde o Centro de Controle Operacional da concessionária.

Duplicação da RSC-287 deverá representar maior segurança e fluidez ao trânsito | Foto: Rafaelly Machado

Fiscalização

O presidente da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul (Agergs), Luiz Afonso Senna, explica que a entidade será responsável pela fiscalização sobre o atendimento da concessionária ao que diz o contrato. “O papel da Agergs será o de, em nome do Estado, acompanhar essa concessão pelos próximos 30 anos. Nós vamos ser muito duros, previsíveis e confiáveis, para que consiga, juntamente com a empresa, cumprir tudo o que está no contrato e que a comunidade possa usufruir do privilégio de ter uma companhia com a qualidade da Sacyr operando a nossa estrada”, afirma.

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Em números

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