Rota de Santa Maria aposta na passagem automática nos pedágios

A sede da 3ª Companhia Rodoviária da Brigada Militar, em Santa Maria, foi palco para a apresentação da avaliação dos seis primeiros meses de trabalho da Rota de Santa Maria na RSC-287. O diretor-geral, Renato Bortoletti, relatou à imprensa as principais ações já realizadas, e os prazos e os objetivos das próximas medidas e serem adotadas pela concessionária. 

Uma das propostas é ampliar a utilização das tags, que possibilitam a passagem automática nas cancelas. Essa é uma iniciativa que deve tornar mais dinâmico o processo nas praças, diminuindo a possibilidade de formação de filas extensas, como tem ocorrido, especialmente, em Venâncio Aires. “Devido aos passivos históricos das praças, ocasionados pela falta de investimento, as filas ainda são realidade. A praça de Venâncio, por exemplo, é limitada e precisa de ampliação, que já está em execução”, adianta. 

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Bortoletti afirma que até setembro estarão prontas as novas pistas, incluindo a que permite a passagem exclusiva com tags. Atualmente, 27% dos veículos utilizam os sistema. A expectativa é que se aproxime de 60%. “Melhoramos o atendimento com a troca de equipamentos, controle da via com troca de fluxo e, até setembro, colocaremos uma pedra sobre esse tema”, reforça. 

A intenção é sensibilizar empresas que trabalham com as tags para que não seja cobrada mensalidade, ficando apenas o custo da passagem para o usuário. A sede da Rota de Santa Maria, em Santa Cruz do Sul, realiza a venda dos chips.

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Empresa destaca que cronograma está em dia

O diretor-geral, Renato Bortoletti, enfatiza o atendimento ao cronograma de obras estabelecido pelo processo de concessão. No primeiro ano, a empresa é responsável por fazer ações mais superficiais, com atenção em pontos mais críticos, começando entre Santa Maria e Candelária, além do serviço de atendimento ao usuário. Desde 1º de março, a totalidade do trecho concedido, entre Tabaí e Santa Maria, está com ambulância, guinchos leve e pesado, e auxílio para reparação mecânica, além dos pontos de recepção do público. 

“Focamos no pavimento, com atenção ao sistema de drenagem da rodovia, verificação de pontes e as reparações estruturais necessárias”, relata o dirigente. O período foi utilizado para a questão de regulações ambientais, com a elaboração de estudos sobre impactos, além da qualificação da equipe e mobilização de mão de obra e equipamentos. Hoje, são quatro frentes de trabalho simultâneas, com roçadas, podas e reparos no pavimento. 

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Até setembro, devem estar em operação as cinco praças de pedágio previstas na concessão: além das duas que já existem, em Venâncio Aires e Candelária, outras três serão instaladas em Taquari, Paraíso do Sul e Santa Maria. A partir do primeiro ano de atuação, a Rota de Santa Maria deverá executar obras maiores, como o acostamento e reformas mais expressivas nas pontes e no asfalto. 

Ainda dentro do cronograma, são realizados estudos sobre a instalação dos acessos aos municípios e sobre as  câmeras de monitoramento. O objetivo é que até setembro de 2023 toda a via esteja contemplada, com a intenção de ampliar a sensação de segurança do usuário. 

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Duplicação da RSC-287 vai começar no ano que vem

O terceiro ano de concessão é o que marca o início da obra mais aguardada pelos usuários: a duplicação. No período, devem estar trabalhando, de forma direta ou indireta, 1,6 mil pessoas – atualmente, são 160 diretos e 420 indiretos. O primeiro passo é nas áreas urbanas de Santa Maria, Candelária, Paraíso do Sul, Santa Cruz do Sul e Tabaí. Para esses trechos, deverá ser emitida a Declaração de Utilidade Pública (DUP) da faixa de domínio, o que já foi feito nos pontos das praças de pedágio. 

A partir de abril de 2023, conta Bortoletti, as famílias lindeiras serão notificadas para liberarem a área para as obras. “Não temos problemas com questão de ocupação desse espaço, com estruturas físicas, apenas com utilização para agricultura”, afirma. 

Totalidade do trecho concedido está com ambulância, guinchos leve e pesado, e auxílio para reparação mecânica

Assim que completou um mês de atuação, a Rota de Santa Maria havia cogitado o adiantamento do processo de duplicação, em relação ao que está estabelecido no contrato de concessão. A intenção ainda existe e há dois setores para contemplação. O primeiro, que tem aceleração viável porque não demanda alteração contratual, é o trecho entre Tabaí e Candelária. O outro, entre Candelária e Santa Maria, depende de atualização tarifária. “Com aumento do fluxo ou do valor da tarifa, que é possível definir em audiência pública, pode ser atendido o pedido que foi feito pela comunidade de Santa Maria ao poder concedente”, explica Bortoletti.

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Até junho, a empresa, que apresentou capital de investimento de R$ 75 milhões e acrescenta com os valores cobrados nas praças de pedágio, entregará estudo sobre a demanda. Para logo, também deve estar em atividade a escolinha de trânsito, em parceria com o policiamento rodoviário, e as ações de compensação ambiental e capacitação de mão de obra. A concessionária projeta adquirir veículos elétricos, instalar pontos de abastecimento e fazer a captação da energia solar, como meio de integração ambiental. 

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Em meio ano, foram 3,7 mil ocorrências atendidas

O total de ocorrências atendidas nos seis primeiros meses chegou a 3.705. Dentre as quatro principais, 983 foram de pane mecânica, 804 de animal na rodovia, 325 de objetos na pista e 254 pneus furados. O maior número de ocorrências foi registrado em outubro, com 682 atendimentos.

Entre 31 de agosto e 28 de fevereiro, foi registrado tráfego total em Venâncio Aires (quilômetro 86) de aproximadamente 2,2 milhões de veículos, com média de 12 mil por dia. Em Candelária (quilômetro  131), o volume de veículos chegou a 1,5 milhão, com média de 8,2 mil por dia. “Em ambas, a taxa de utilização das cabines automáticas fica entre 24 e 29%, índices que devem subir com as reformas e pistas de passagem exclusiva”, destaca Bortoletti. “Neste período, tivemos 184 acidentes, com três vítimas fatais”, acrescenta o diretor. 

O Serviço de Atendimento do Usuário (SAU), pelo fone 0800 1000 287, recebeu, nos primeiros 180 dias, 3.449 ligações e 3.077 atendimentos de Ouvidoria (pelo telefone e também pelo Fale Conosco do site www.rotadesantamaria.com.br). Os principais assuntos foram relacionados a pedidos de informações (37%), solicitações (26%) e reclamações (21%). “A maioria das pessoas que ligam para reclamar quer o início da duplicação da rodovia, o que demonstra o desconhecimento com relação ao contrato”, explica o diretor.

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Relembre

A Concessionária Rota de Santa Maria assumiu a rodovia dia 30 de agosto, após publicação da súmula do Termo de Arrolamento e Transferência dos Bens no Diário Oficial do Estado. A concessão contempla a rodovia RSC-287, no trecho entre Tabaí (no entroncamento com a BR-386) e Santa Maria (no entroncamento com a ERS-509), totalizando 204,51 quilômetros. O contrato possui duração de 30 anos e prevê a duplicação de todo o trecho concedido, com investimento de R$ 2,7 bilhões.

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Naiara Silveira

Jornalista formada pela Universidade de Santa Cruz do Sul em 2019, atuo no Portal Gaz desde 2016, tendo passado pelos cargos de estagiária, repórter e, mais recentemente, editora multimídia. Pós-graduada em Produção de Conteúdo e Análise de Mídias Digitais, tenho afinidade com criação de conteúdo para redes sociais, planejamento digital e copywriting. Além disso, tive a oportunidade de desenvolver habilidades nas mais diversas áreas ao longo da carreira, como produção de textos variados, locução, apresentação em vídeo (ao vivo e gravado), edição de imagens e vídeos, produção (bastidores), entre outras.

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