Rosemar Santos: o comunicador que também ataca de cantor
Há 45 anos, o vozeirão do comunicador Rosemar Santos é companhia praticamente diária para toda a população de Santa Cruz e da região. Em 1978, com pouco mais de 20 anos, ele ingressou na Rádio Rio Pardo, em sua terra natal. Dois anos depois aceitou convite da Rádio Santa Cruz e mudou-se, então, para a cidade vizinha. Por fim, em 1990 se transferia para a Rádio Gazeta, e nela segue quase 34 anos depois, hoje apresentando programas junto à Rádio Gazeta FM 107,9, em especial o “Radar”, de segundas a sextas-feiras, das 15 às 17 horas, com entrevistas e canções.
O que nem todos talvez percebam é que em paralelo à carreira de comunicador Rosemar também manifesta carinho todo especial pela música, como cantor e compositor, sendo exímio ao violão. Autodidata, como faz questão de salientar, apurou ao máximo o ouvido para perceber em colegas, mestres ao violão, o apuro que ele próprio busca imprimir a suas apresentações. E outro detalhe que nem todos os ouvintes sabem é que Rosemar tem amizade especial com um personagem muito famoso, ninguém menos do que Jesus Cristo: tudo porque nasceu no dia 25 de dezembro de 1955.
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Rosemar Antônio Cardoso dos Santos é filho de João Antônio dos Santos, que atuou com lavanderia, e de Dinorá Maria Cardoso dos Santos, que foi telefonista da CRT. O pai era de Taquari-Mirim, em Santa Cruz, mas se mudou para Rio Pardo a fim de morar com a esposa rio-pardense. Ambos são falecidos. Rosemar ainda tem a irmã Rosália Mary Cardoso dos Santos, dois anos mais velha que ele, e que mora em Rio Pardo.
Em sua terra, estudou na escola Ernesto Alves de Oliveira. Em casa, saraus animados a violão, com a mãe e as tias cantando, eram rotineiros e foram influência natural para o pequeno Rosemar, que logo também se animou a dedilhar. Na escola, a professora Elisa, como recorda, encarregou-se de lhe dar as primeiras noções de solfejo. Então veio o serviço militar, prestado no 18º Batalhão de Infantaria Motorizado, na região metropolitana. De volta a sua terra, concluiu o Ensino Médio e ajudou o pai na lavanderia. E por esse tempo já participou de seu primeiro festival, organizado na escola em que estudava.
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Em 1977 casou-se com a conterrânea Maria Erezi. Com ela tem três filhos: Fabiana, que lhes deu a neta Giovanna; Rossano, que lhes deu os netos Luis Eduardo, Leonardo e Manuela; e Gabriela, mãe da Rafaela. Em 1978, ingressou na Rádio Rio Pardo, e em 1980 veio convite para trabalhar em Santa Cruz. Por dois anos vinha e retornava todos os dias, mas em 1982 optou por morar em definitivo na cidade na qual agora trabalhava. No ano seguinte, separou-se, e hoje é casado pela segunda vez, com Sandra Regina Hoffmann. Com ela tem as filhas Danusa e Bianca, sendo que a primeira lhes deu a neta Heloísa.
Com o ingresso na Rádio Gazeta, em 1990, firmou a sua marca de comunicador que mescla noticiário e entrevistas com música. Em Santa Cruz, participou do festival do Lions Clube, nos anos 1980. Quando ainda morava em Rio Pardo, integrava um conjunto que animava bailes em toda a região. Posteriormente, teve de se desligar dele em razão da dificuldade de conciliar com os horários de trabalho em rádio. Mas seguiu compondo com afinco, tendo mais de 120 canções, das quais elaborou letra e melodia.
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Gosta de tudo, desde que de qualidade. “Meu estilo é coração”, sintetiza. Mais recentemente, empenha-se em gravar algumas de suas composições em estúdio, com todo o aparato sonoro. Entre as que já firmou estão Saudade do Meu Lugar e O Guri e o Rio. Ainda que o samba seja uma influência e referência direta, tendo composto sambas-enredo, curte música de baile, nativista, MPB, internacional. “Cresci ouvindo direto Jovem Guarda, Benito di Paula, Elvis, Beatles”, menciona. “Não tem como não ter sido impactado por toda essa gente.” Completando 68 anos nesta segunda-feira, 25, providencia que seus cativos ouvintes do rádio também possam ouvir mais as suas saborosas canções. Feliz aniversário, Bocha!
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