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CINÉFILA

Rosane Cardoso completa o trio de juradas do Festival Santa Cruz de Cinema

Foto: Alencar da Rosa

Rosane busca relacionar cinema e literatura

Nesta edição, o Festival Santa Cruz de Cinema tem três mulheres à frente do júri da Mostra Competitiva. Além das cineastas Liliana Sulzbach e Nora Goulart, Rosane Cardoso completa o trio, com uma experiência diferente das outras duas. Professora de Literatura, doutora em Letras pela PUCRS e pós-doutora pela Universidad de Granada, na Espanha, Rosane se intitula como uma cinéfila. 

A apreciadora da sétima arte trabalhou por 26 anos na Universidade do Vale do Taquari (Univates) e 11 na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), e agora é professora na Universidade Federal do Rio Grande, a Furg. Rosane é natural de Estrela e atualmente reside em Lajeado. 

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Ela participa do Festival Santa Cruz de Cinema desde a primeira edição, por conta do envolvimento que tem com a área e pelas relações que faz entre literatura e cinema. Além disso, ela escreve periodicamente sobre cinema para o jornal A Hora, de Lajeado. “Sou uma apreciadora. Faço comentários, principalmente nessa questão de pensar as narrativas, sejam literárias, fílmicas ou, sobretudo, a relação entre ambas.”

A professora diz pertencer a uma geração que teve poucas oportunidades de ir ao cinema. “Poder assistir a um filme na telona sempre me encantou, desde muito jovem. Me interessa bastante todo o mise-en-scène em torno do cinema. Minha experiência é essa, de vivenciar, pensar e interpretar as ações, não necessariamente de pensar tecnicamente, mas pensar enquanto narrativa”, comenta.

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A jurada da Mostra Competitiva acredita que o Festival Santa Cruz de Cinema possui uma importância indiscutível, pois traz talentos locais e incentiva a cultura. “Faz com que a gente conheça não só a produção local, mas também a brasileira, em histórias curtas.”

Apesar de ter participado de edições anteriores nas primeiras avaliações dos filmes, ser jurada neste ano, para ela, é um desafio. Conforme Rosane, o festival é um evento que não pode parar, que deve ser incentivado e replicado em outras regiões. “É fundamental esse olhar para a cultura cinematográfica. São histórias de pessoas, às vezes muito simples, às vezes em lugares remotos, mas que sempre são feitas com muita sensibilidade e com um cuidado que acabam por projetar artistas, diretores e produtores de cinema. Além disso, é importante mostrar em linhas gerais as dificuldades que existem para produzir cultura no nosso país”, complementa.

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