Roque Bohnen é uma verdadeira lenda no futebol amador de Santa Cruz do Sul. Aos 70 anos, ele se despediu das atividades em uma bela homenagem no sábado, 9, na sede do EC São José. Qui, Jairzinho, Nego, Oli Schulz, Júlio Mahl e André Niedermayer ajudaram na mobilização dos atletas presentes nos jogos comemorativos no Estádio da Serraria.
O evento contou com a presença de representantes do Gaúcho, de Linha Vitorino Monteiro, time do coração de Roque; do Saraiva, campeão de 1990; e dos veteranos do São José, clube onde Roque também conquistou diversos títulos. O Departamento de Futebol Monte Alverne (DFMA) prestou uma homenagem emocionante ao campeão de dez troféus acumulados. Também estiveram presentes os presidentes da Liga de Futebol Amador de Santa Cruz do Sul (Lifasc) e Liga Vale do Castelhano.
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Alcunha dada pelo narrador Norberto Frantz, da Rádio Gazeta, Roque passou a ser conhecido ao longo do tempo como “Telê Santana do interior”. Natural de Linha General Osório, Roque já dava os primeiros toques na bola desde muito cedo. Tornou-se jogador aos 13 anos, no fim dos anos 1960. Disputava torneios e amistosos.
Com a criação do Departamento de Futebol Monte Alverne (DFMA), em 1978, Roque já era destaque e foi campeão na primeira edição, com o Gaúcho de Vitorino Monteiro. Depois passou pelo General Osório e voltou para o Gaúcho em 1983. Neste período, também passou a ser treinador das equipes. Ele conciliava o gosto pelo futebol com o trabalho de agricultor. Aos poucos, Roque ganhou fama como técnico. Foram 15 títulos acumulados, com passagens ainda por Saraiva, São José e Bangu. Em 2005, no Bangu de Linha Brasil, faturou o Municipal.
A paixão pelo futebol contagiou a família. As filhas Adelita e Berenice se envolveram desde a infância com o futebol. Berenice chegou a ser presidente do DFMA entre 2016 e 2018, com uma diretoria totalmente formada por mulheres. “O futebol amador pulsa no nosso sangue”, resume a filha Berenice. Adelita lembra que o pai nem almoçava nos dias de decisões. “Ele deitava em um banco de madeira e ficava concentrado, pensando no que viria”, relata.
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Roque se orgulha dos enfrentamentos contra equipes profissionais, durante a pré-temporada dos clubes. O treinador enfatiza que as seleções de Monte Alverne formadas por ele sempre jogavam de igual para igual contra Avenida, Santa Cruz e Guarani-VA.
Certa vez, enfrentou Mano Menezes, na época treinador do Fluminense, de Mato Leitão. Roque também atuou em equipes de Venâncio Aires e Boqueirão do Leão, também com títulos. Na Lifasc, assumiu o União de Quarta Linha Nova Alta quando a equipe estava na lanterna. Foi vice-campeão e ganhou o prêmio de técnico destaque na oportunidade.
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Após muitas vivências e histórias para contar, Roque vai acompanhar os jogos do outro lado do alambrado, juntamente com os netos Enzo e Raíssa, de 17 e 10 anos, respectivamente. “Fiquei muito feliz pelas homenagens que recebi. A idade vai chegando. Agora é o momento de ficar do lado de fora das quatro linhas. O sentimento é de orgulho por toda essa trajetória no futebol amador”, comenta.
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