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Romeu Schneider volta a presidir a Câmara Setorial

A Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Tabaco reconduziu ontem à presidência da entidade o secretário da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Romeu Schneider. Ele substituirá no cargo o ex-prefeito de Venâncio Aires, Airton Artus. A eleição para o mandato de dois anos foi por aclamação, com o apoio unânime dos participantes. Schneider ocupava a função de consultor do órgão e já presidiu a Câmara  por nove anos antes da eleição de Artus, em 2015.

Duas preocupações do setor que pautarão os encontros durante este ano também entraram nas discussões da reunião de ontem, em Brasília. A primeira se relaciona à resolução do Banco Central que restringe financiamento pelo Programa Nacional da Agricultura Familiar (Pronaf) a produtores rurais que não comprovarem, anualmente, a redução da dependência financeira da propriedade ao plantio de fumo. De acordo com Romeu Schneider, a medida dificulta o crédito aos produtores de tabaco que pretendem investir na propriedade, até mesmo em novas alternativas de renda.

Outra questão que causa apreensão ao setor do tabaco é o aumento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) incidente sobre o cigarro. Decreto editado no mês de março prevê a elevação dos atuais 20% para 30% a partir de 1º de julho de 2017. Com isso, o total de impostos sobre o produto vai chegar a 85% do valor. Schneider afirma que essa medida vai estimular cada vez mais o mercado ilegal. “Ao invés de colocar restrições ao produto ilegal, o governo favorece o aumento do contrabando diante da elevação do preço do cigarro vendido legalmente”, observa o presidente da Câmara Setorial.

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O novo consultor da Câmara Setorial do Tabaco, Carlos Galant, tentará uma audiência com o ministro-chefe da Casa Civil da Presidência da República, Eliseu Padilha, para obter apoio contra as medidas restritivas. Romeu Schneider explica que uma das principais preocupações em tratativas há longo tempo na Câmara e que terá continuidade é o comércio ilegal de cigarros. Essa prática prejudica tanto as indústrias como os produtores rurais.

Pesquisa e certificação

O resultado da pesquisa encomendada pelo Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (Sinditabaco) à Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) sobre o perfil socioeconômico do produtor de tabaco da região Sul do País foi apresentado na reunião de ontem na Câmara Setorial. Romeu Schneider destaca que os dados provam a situação favorável dos produtores rurais, apesar das dificuldades impostas com as restrições ao setor do tabaco. Além disso, ressalta a confiabilidade do levantamento diante da credibildiade da Ufrgs.

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Outro dado exposto na reunião se relaciona à adesão de produtores de tabaco ao processo de certificação da Produção Integrada Agropecuária, do Ministério da Agricultura. Conforme Schneider, o setor lidera entre todas as culturas, com mais de 500 cadastrados, com a concordância dos próprios agricultores. A certificação comprova que a produção foi obtida de forma segura e sustentável, utilizando as melhores práticas para evitar impactos ambientais, assegurando responsabilidade social e garantindo a rastreabilidade da produção.

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