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OPINIÃO

Romeu Neumann: um desfecho previsível

Anos atrás, quando ainda estava à frente da Redação da Gazeta do Sul, alguém do grupo apelidou um colega de “sem sangue”. Acho que é porque é loiro, pele bem branca e porque é estilo tranquilão. Não integra mais o time da empresa e, pelo que soube, se deu bem em outro ramo de atividade, em São Paulo.

Ele não tem nada a ver com esta crônica. Mas lembrei do “sem sangue” ao ver o jogo do Grêmio na sexta-feira contra o Bahia. Antes dos cinco minutos do primeiro tempo falei: “Vamos tomar gol pelo lado direito da defesa.” Foram três oportunidades seguidas, desperdiçadas. Na quarta foi fatal. Como foi na quinta, quando não havia ala na posição e o zagueiro atrasou mal uma bola para o goleiro. E assim foi no terceiro gol, quando se viu um latifúndio aberto para o atacante pensar e fazer o que bem entendesse. Sem qualquer esboço de marcação.

Aliás, a mesma coisa já havia acontecido contra o Flamengo, quando o Vitinho, totalmente à vontade, fez dois gols pelo mesmo lado do campo, sem ser importunado. E não fez mais, talvez, porque o Renato Portaluppi o substituiu.

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Fico indignado, como cidadão e como torcedor, com a letargia, a inoperância, o descomprometimento e o despreparo físico, técnico e psicológico de um grupo que custa mais de R$ 15 milhões por mês.

Você faz ideia do que isso representa? Em plena pandemia, quando milhares de pessoas perderam seus empregos, outros tantos tiveram seus salários reduzidos, empresas fecharam ou se encolheram ao limite, raspando o cofre para se manterem vivas, e esta gente está com os salários astronômicos garantidos e pagos em dia e, ao que parece, sequer sofre diante de mais uma derrota?

É porque – e este é o link com o início desta conversa – há um grupo “sem sangue” infiltrado neste elenco. A começar pela comissão técnica. São problemas crônicos que se repetem há anos.

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Desafio um torcedor a lembrar, por exemplo, do último gol de escanteio do Grêmio. Houve época, nos anos 90, em que este lance era considerado real chance de gol. Porque se treinava esta jogada. Há pelo menos cinco anos o Tricolor não sabe o que fazer com um escanteio. Enquanto isso vejo times de segunda e até terceira divisões ganhando jogos porque convertem estas cobranças em gol.

Tão elementar quanto proteger posições básicas na defesa. A estratégia número um de qualquer equipe vencedora é resguardar o sistema defensivo para não sofrer um revés. Porque depois da desvantagem no placar, tudo fica mais difícil.

No Grêmio se faz o inverso. As peças mais valorizadas ficam de fora, sentadas no banco, para serem acionadas quando o jogo está perdido.

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Pense comigo: você deixaria os talentos (justamente os mais caros) da sua equipe em casa para só chamá-los quando a sua empresa está em chamas?

Por favor! Está tudo errado.

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