Esta semana, em que temos, neste domingo, 8, o Dia das Mães, foi marcada por outra data importante, a inspirar reflexões sobre o universo da comunicação. O Dia Internacional da Liberdade de Imprensa, que transcorreu na última terça-feira, 3, foi instituído pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) em 1993. Desde então, serve como lembrete de quanto a atuação dos veículos de comunicação, em todas as plataformas e mídias, constitui parâmetro, um termômetro do grau de democracia e de civilidade em uma região ou país.
Não apenas nos dias atuais, mas em qualquer tempo, o ataque ora sutil, por vezes escancarado ao trabalho de investigação, de informação e de esclarecimento público acerca de fatos, ações, comportamentos e manifestações de entes públicos é o primeiro sinal de alerta sobre possíveis malfeitos. A imprensa, hoje e em qualquer época, é o espaço por excelência a evidenciar a transparência dos atos de agentes públicos, salientando a atuação em favor da sociedade, e não contra ela. Quando interesses individuais, específicos, grupais, de poder ou financeiros se sobrepõem ao bem coletivo, ao público, é normal que certas forças ou vozes se ergam contra jornalistas ou contra veículos. Por essa razão, a data instituída pela Unesco é tão oportuna no sentido de advertir que, em realidade de Brasil ou de mundo, sempre deve ser preservada a ação de jornalistas e das plataformas a serviço das quais se encontram, desde que séria, isenta e pautada pela informação e pela formação.
Há um elemento básico que tem sido apontado no que tange a cerceamento à liberdade de atuação da imprensa. Quase sempre tais afrontas ou tais ataques começam de forma bastante sutil, subliminar, desfazendo dos conteúdos veiculados porque eles, obviamente, não interessam aos autores dos ataques. Assim, em diferentes graus ou níveis, atos ou decisões de personalidades públicas, que deveriam se orientar pela transparência máxima que exigem e requerem cargos ou funções, os quais ocupam de maneira momentânea, são de todo modo acobertados. Tão logo qualquer informação ou investigação revele discrepâncias, a reação desfaz do profissional e da mídia, não raro achacando, atacando, perseguindo e agredindo, com violência em nível crescente.
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Em um tempo tão marcado por polarizações, tons de agressividade e ataques de toda parte e de toda ordem, zelar pela liberdade de imprensa, pelos profissionais, homens e mulheres, de todas as idades que exercitam nessa área dons e vocação, é ajudar a preservar e proteger a democracia. E, em nome dela, é fundamental exigir a cada dia, a cada semana, a cada mês e ano, uma relação justa e respeitosa, que deve vir de parte a parte entre jornalistas e as fontes, entre jornalistas e personagens públicos.
E a todas as mães, pelo seu dia, neste domingo, felicitações da equipe de gestores e de colaboradores da Gazeta Grupo de Comunicações. Um bom final de semana para todos!
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