Este final de semana tende a ser marcado por celebrações e festividades em todas as regiões do Rio Grande do Sul. E todas plenamente justificadas. O Estado busca retomar um mínimo de normalidade em seus eventos, o que já ocorreu também com a Expointer, depois do drama vivido por conta da enchente. Muitas regiões ainda sofrem diante dos estragos causados pela água, e vai ser preciso muita energia e resiliência para restabelecer a infraestrutura, em especial a que permitirá às famílias atingidas novamente terem sossego em sua rotina.
Mas é verdade também que o 20 de setembro, o Dia do Gaúcho, que transcorreu nessa sexta-feira, inspira a confraternização. Que aconteceu na própria data, e que certamente se estenderá por este sábado e este domingo. A Gazeta do Sul aproxima as reflexões em torno do tradicionalismo de outro tema que já vem nos mobilizando ao longo do ano: os 150 anos da imigração alemã em Santa Cruz do Sul.
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Nas páginas 18 e 19 desta edição, o jornalista Ricardo Gais e o fotógrafo Alencar da Rosa investigam como, desde os primórdios, os germânicos adotaram os costumes gaúchos. Mal haviam se estabelecido em solo sul-rio-grandense, e em questão de anos os primeiros colonos já tomavam chimarrão e, claro, saboreavam um churrasco. E não adotavam só esses dois elementos: alguns dos primeiros Centros de Tradições Gaúchas (CTGs) surgiram no ambiente das antigas colônias europeias, fossem as de alemães, fossem as de italianos ou de outras etnias.
Se o tradicionalismo está na ordem do dia, não é diferente com a mudança que ocorre na paisagem. Neste domingo ingressamos na primavera. E é uma estação, convenhamos, aguardada com ansiedade, depois de um outono e de um inverno que nos desgastaram mais do que o esperado. Foram dias e semanas com muita chuva, muita cerração, céu fechado e, não raro, chuvisco ou mesmo frio. As fortes chuvas de abril e maio foram só o ápice nessa temporada desafiadora: agora, todos miram com esperança o horizonte na expectativa de um verão com clima, digamos, mais dentro de uma certa lógica.
É claro que o verão, a se espelhar pelo comportamento dessa estação no hemisfério norte, sinaliza para temperaturas muito altas. Mas que ao menos venham as chuvas regulares que permitam aos gaúchos colher boa safra agrícola, no tabaco, nos grãos, nos hortigranjeiros, e com pastagem farta para os animais. O Estado é movido a agro, como bem se sabe, e será com a produção de campos, lavouras, pomares e hortas que o Rio Grande do Sul poderá, quem sabe, reerguer sua economia. Será fundamental para todas as famílias, e será valioso para o governo, o gaúcho e o brasileiro.
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E acolhemos a primavera igualmente com o primeiro folhetim a ser publicado pela Gazeta do Sul, de autoria do escritor e geólogo José Alberto Wenzel. Os leitores podem conferir a primeira parte na página 4 do suplemento Magazine. Bom final de semana!
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