O técnico Roger Machado foi apresentado pelo Internacional no início da noite de quinta-feira, 18, no Beira-Rio. O novo comandante colorado minimizou a história criada no rival e afirmou que vive a “grande oportunidade da carreira” e inclusive citou a ambição de treinar a seleção brasileira no futuro.

“Acolho com naturalidade esse processo. Eu vivi no estado, vivi a rivalidade. Como jogador, sempre busquei deixar a rivalidade no campo, nunca interpretei que fôssemos inimigos, apenas adversários. A relação do torcedor é passional, apaixonado pelo seu time, compreende o jogo. Sou apaixonado pelo jogo e compreendo o torcedor. É natural pela paixão do torcedor. Mas como profissional do futebol, há 32 anos nesse lugar, consigo administrar isso de forma que me permita circular bem nesses ambientes e trabalhar com a tranquilidade”, analisou.

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Roger chegou acompanhado do presidente Alessandro Barcellos, do executivo Magrão e do vice de futebol Felipe Becker. Após ser apresentado pelos dirigentes, falou suas primeiras palavras públicas como comandante do Inter. Apesar do momento conturbado pelo qual passa o Inter, ele afirmou ser possível que uma taça volte a ser conquistada. O Inter é o 13º colocado do Brasileirão e perdeu para o Rosario Central a partida de ida dos playoffs da Copa Sul-Americana.

“Uma das razões da decisão pela vinda foi justamente por acreditar que a temporada ainda não acabou e pode acabar bem-sucedida. Quero conquistar com o Inter. Com o elenco que temos, é possível. É uma grande oportunidade na minha carreira, tiveram outras que passaram, mas este momento é muito importante para mim. Permaneci um ano e meio fora do mercado, porque o futebol brasileiro foi invadido pela onda dos estrangeiros. Busco retomar a minha carreira para me colocar neste momento”, destacou.

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O técnico afirmou que foi difícil definir pela saída do Juventude pelo trabalho construído, mas que a ambição de treinar a Seleção no futuro foi um dos pontos que pesaram na escolha. “Não foi fácil, fazer esse movimento, que foi a primeira vez que deixei um trabalho em andamento, um trabalho com uma base forte, dentro de sete meses de trabalho. Entendi na oportunidade uma grande chance de, como treinador que deseja buscar a Seleção Brasileira, ter alguns rituais que precisam ser cumpridos. E um deles é treinar um clube do tamanho do Inter, com objetivos muito claros na temporada. Foi um movimento importante”, justificou.

Na comissão de Roger, chegam ao Beira-Rio o preparador físico Paulo Paixão e os auxiliares Adaílton Bolzan e Roberto Ribas, e o analista de desempenho Guilherme Marques. Eles trabalharão junto ao preparador de goleiros Leonardo Martins, o auxiliar Aparecido Donizete e o auxiliar da preparação física João Goulart.

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Trabalho com os jovens do elenco

O técnico afirmou que gosta de trabalhar com jovens. Ao mesmo tempo, ponderou ser preciso avaliar cada caso na hora de decidir pela promoção ao grupo principal. Roger Machado foi questionado sobre o caso de Gabriel Carvalho, meia de 16 anos que tem entrado nos últimos jogos do Inter. Ao responder, não falou sobre o atleta, em específico, mas contou como procura conduzir o processo de transição da base para o chamado elenco “de cima”. Para o novo técnico colorado, não há “regra específica” ao lidar com os jovens.

“Ao mesmo tempo que tem de ser ousado, tem de ser conservador. Cada um tem um momento, há fases diferentes de maturação. A minha responsabilidade é muito maior do que só técnica. Eu sei como funciona determinadas questões. Se busca solicitar ingressos dos jovens talentos, mas, se não funciona, não há pudor nenhum em descartá-los. Eu tenho muita responsabilidade no desenvolvimento completo desses jovens”, comentou.

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