Após o empate do Grêmio em 0 a 0 com a Chapecoense, o técnico Roger Machado admitiu que a produção ofensiva foi muito abaixo do esperado. O treinador explicou que sua estratégia no segundo tempo foi esperar as trocas da Chapecoense para fazer as mudanças colocando jogadores velozes descansados, como Elias e Janderson, mas lamentou que a equipe não tenha aproveitado nenhuma situação de contra-ataque. Com o empate em Chapecó, o Grêmio foi a 37 pontos e está a oito do líder Cruzeiro. A diferença, porém, pode aumentar para 11 caso o líder vença o Brusque, em Santa Catarina, no sábado. O Tricolor também pode perder a vice-liderança caso Bahia e Vasco vençam na rodada.
“Nós não ficamos atrás, o adversário nos empurrou para trás. A gente não optou por ficar lá atrás. A ideia era conseguir sair, quando fizemos isso levamos perigo, mas do contrário era saber levar um ponto para casa. O que deixamos de fazer foi controlar a bola no nosso pé devolvendo para o adversário. Não ficamos atrás por desejo, mas por imposição do adversário”, avaliou. “Depois dos 30 do segundo tempo, que a gente colocou umas peças mais descansadas e optei por colocar o Elias na frente, achei que poderíamos encaixar um contra-ataque. A conversa no vestiário foi manter o equilíbrio defensivo sem mexer e após as trocas do adversário promover mudanças pensando no contra-ataque para vencer a partida, mas não foi possível. Pelo que vínhamos produzindo até a expulsão, penso que nossa chance de vitória seria muito aumentada com 11”, complementou.
Roger Machado Roger não se arrependeu da decisão tomada após a expulsão de Bitello, de tirar Campaz para a entrada do volante Lucas Leiva. “Faria a mesma substituição. Entendi que estabelecendo o setor com um volante e deixando o Diego (Souza) na frente para ser o suporte de apoio para sairmos pelos lados, sem perder a disputa de primeira bola, além da altura para defender as bolas paradas. Por tudo isso, eu repetiria a mesma substituição”, declarou.
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Lucas Leiva avaliou como um bom resultado, por conta da situação da partida. O volante começou mais uma vez no banco de reservas, mas precisou ingressar no lugar de Campaz logo depois da expulsão de Bitello. Na saída de campo, valorizou o ponto conquistado. “O jogo foi difícil. Jogamos uma hora com um a menos. Poderíamos ter matado o jogo com o Diego Souza. Chegamos aos 15 jogos sem perder, então vamos valorizar esse ponto. Temos que buscar a vitória sempre. Nosso time tem essa condição. Agora é trabalhar bem e buscar os pontos que deixamos aqui lá em Campinas”, analisou.
O zagueiro Pedro Geromel teve o contrato renovado automaticamente. Na última renovação, o vínculo tinha um gatilho que ampliava o contrato por mais uma temporada caso o defensor atuasse em 60% dos jogos do Tricolor em 2022, o que foi garantido em Chapecó. O acordo, assim, foi prorrogado até o final de 2023. Geromel, que vai completar 37 anos em setembro, fez seu 33º jogo neste ano, o que assegura que, mesmo sem entrar mais em campo no restante do ano, ele já tenha alcançado o número exigido para renovar de forma automática seu contrato. O Grêmio, até agora, disputou 37 partidas e fechará a temporada com 55 jogos.
Para o vice de futebol Denis Abrahão, a expulsão do volante Bitello, além da lesão do atacante Ferreira, foram determinantes para que o Tricolor terminasse mais uma partida na Série B sem conquistar os três pontos. Durante a entrevista, o dirigente admitiu ter feito uma “visita” no vestiário do árbitro Paulo Roberto Alves Júnior para entender alguns critérios. Abrahão discordou do amarelo dado a Nicolas pelo “contato” no bandeirinha ao tentar bater um lateral no segundo tempo.
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“Nós jogamos 68 minutos com 10 jogadores contra 11. O Grêmio teve um ponto ganho aqui. Só não teve um melhor resultado devido a expulsão e também devido a lesão do Ferreira”, afirmou. “Ele não pode recuar um pouquinho? O jogador não ia ultrapassar o local dele, mas o local oficial pra bater a lateral era onde estava o bandeira. E o bandeira ficou parado, provocando o Nicolas. Isso, para mim, é autoritarismo”, reclamou do assistente João Fábio Machado Brischiliari.
Abrahão comentou sobre a folga no calendário. “Esses dez dias serão muito importantes para nós. Será um período de treinamento intenso para aprimorarmos a preparação física de alguns jogadores, principalmente os recém-chegados. E também para treinar um novo modelo, pois o Bitello foi expulso. Teremos de ter uma nova formatação”, declarou. O dirigente voltou a afirmar que o ciclo de contratações visando à sequência da temporada foi encerrado. “A janela está aberta, mas as contratações que nós entendíamos que podíamos fazer, nós já fizemos. Volto a dizer que se tivermos a oportunidade de contratar um jogador importante, dentro das condições do clube, nós faremos”, concluiu.
Com dez dias livres após o empate com a Chapecoense e antes do confronto diante do Guarani, o Grêmio definiu um planejamento para atacar pontos específicos da equipe e voltar a vencer fora de casa pela Série B. Para a partida, o técnico Roger Machado não contará com Bitello, suspenso, e pode não ter Ferreira, que deixou o jogo diante da Chapecoense com desconforto muscular na coxa e passará por exame de imagem.
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Uma das prioridades durante o período sem jogos será a recuperação de jogadores. Brenno, Edílson e Elkeson serão preparados e voltam a ser opção em Campinas. Além disso, atletas como Lucas Leiva, Guilherme e Thaciano também aproveitarão o período para intensificar os trabalhos físicos. Kannemann, por outro lado, segue entregue ao Departamento Médico e ainda não tem prazo para voltar.
Outro ponto que receberá atenção especial é a movimentação tática do time. Roger Machado pretende trabalhar aspectos específicos da equipe e praticar a repetição de conceitos com os jogadores. O momento ofensivo é uma das preocupações, especialmente nos jogos longe da Arena. Na Série B, o Tricolor só venceu uma partida fora de casa, diante do Operário-PR, no dia 27 de abril.
Em processo de reformulação do grupo, o Grêmio negociou o zagueiro Emanuel para o futebol da Bulgária. Sem previsão de aproveitamento no grupo principal, o defensor rescindiu seu contrato com o Tricolor e assinou por três temporadas com o Spartak Varna, que disputa a primeira divisão do país. O clube gaúcho não recebeu nenhum valor pela transferência, mas mantém um percentual dos direitos econômicos do jogador de 22 anos.
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Emanuel, conhecido como Manu na base do Grêmio, era apontado como um jovem promissor. O zagueiro nunca teve oportunidades no time principal. Contratado após se destacar pelo time do Desportivo Brasil na Copa São Paulo de 2016, o defensor era elogiado pela capacidade técnica e teve cogitada a utilização com Vagner Mancini na pré-temporada.
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