A influência em família foi determinante para que o santa-cruzense Rodrigo Sperb, de 51 anos, dedicasse sua vida à música. Nascido em 2 de janeiro de 1973, filho de Renato Pereira Sperb e de Vera Maria Sperb, já falecidos, teria no irmão Renato, um ano e 11 meses mais velho, um parceirão constante nos projetos artísticos. Rodrigo recorda de, quando criança, na companhia de Renato, testemunhar um tio-avô, Raul Oscar Jungblut, interpretar melodias clássicas. Era um exímio pianista. E a dupla crescia ainda na companhia das filhas de seu Raul, Claudia e Carla, sendo que a primeira também construiu carreira marcante na música.
Na hora de ir para a escola, o caminho foi o São Luís. Chegou quando o icônico coral Os Canarinhos já havia encerrado as atividades, mas por lá seguiam todos os instrumentos, bem como os líderes dessa formação: o regente Carmo Gregory, e Nelson Wagner e Astor Rocha, atuavam como professores.
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Por volta de 1985, reparou em cartaz afixado em corredor da escola: Astor ministraria aulas de bateria. Era algo em que até então nunca pensara, mas se inscreveu. O resultado é que a bateria acabou por se tornar sua grande via de expressão. Em questão de meses, ele e Renato, na companhia de Eduardo Ritt, haviam fundado uma banda, a Metamorfose, com a qual se apresentaram em eventos, como o projeto Rock Noturno, e em festivais do próprio colégio.
Quando Ritt deixou a formação, ingressou Killy Freitas. E então, ainda em 1985, criaram a banda Íris Ativa, de começo autoral, mas de imediato tocando covers. A Íris firmou-se com os shows no inesquecível Café Floriano, e ali praticamente se tornou a banda da casa. Além da agenda local, percorreram as mais diversas regiões do Estado, o que, aliás, ocorre ainda hoje, pois a Íris segue plenamente… Ativa, há quase quatro décadas.
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Atualmente, a dupla Sperb (Renato no vocal e na guitarra, Rodrigo na bateria) tem a companhia de Vicão no baixo e de Miguel Beckenkamp na guitarra, formação que vem desde 2006. Em termos de trabalhos autorais, com as composições de Renato, a Íris legou à arte regional o disco Olhos na Pista, na década de 1990. Em paralelo, outros projetos foram aparecendo para o sempre dinâmico Rodrigo Sperb.
Um, veja só, o levou a integrar uma banda gaudéria, Os Cambichos, ao lado de Killy, em 1992. No ano seguinte passaria a trabalhar na Gazeta, como designer e diagramador, função na qual permanece até hoje, já há 31 anos, atuando na Redação Integrada. E foi no ambiente profissional que se aproximou do fotógrafo Luiz Fernando Helfer, o Lula Helfer, e de Jaime Adam, formando com eles a banda Emenda Miranda. Nela, como Jaime assumiu a batera, Rodrigo experimentou uma fase guitar man. Marcaram época.
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Além de ter estudado no São Luís, Rodrigo depois se transferiria para a escola Goiás, e ali conheceu a Raquel, sua parceira de vida, com a qual tem a filha Luiza, hoje com 14 anos. Entre a rotina com a Íris Ativa e as atividades na Gazeta, concretizou, com o time da Emenda Miranda e o acréscimo de Lucas Kist, o Tributo a John Lennon, por três anos, desde 2015. Em parceria com Renato, apresenta-se num formato de Íris Acústica, violão e voz, em bares, restaurantes e eventos, com agenda disputada. E, claro, participou da gravação de vários álbuns, incluindo o Dança do Tempo, em 1997, que se fixou na história regional.
Sempre empenhado em estudar e pesquisar, disso resultou que há seis anos produz e apresenta o programa Voo Livre, às sextas-feiras, das 22 horas à meia-noite, na Rádio Gazeta FM 99,7, e no qual seu colega Roberto Patta responde pela seleção do rock Brasil. Outro projeto mais recente é uma investida no blues jazz fusion, ao lado de Vicão, no baixo, e do venâncio-airense Rafael Sehn, exímio guitarrista. Essa proposta de instrumental autoral deve estrear em breve na região. Por fim, e inspirado nessa iniciativa, diz que seu sonho é tornarem novamente a Íris Ativa uma banda mais autoral, com muita coisa boa a ser compartilhada pelo quarteto.
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