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River Plate goleia o Tigres e conquista o tricampeonato da Libertadores

ATUALIZADO ÀS 0h45

O River Plate é tricampeão da Copa Libertadores da América. Diante de seu torcedor, em um lotado Estádio Monumental de Nuñez, a equipe da Argentina se impôs e goleou o Tigres na noite desta quarta-feira, 5, por 3 a 0, no segundo jogo da final da competição. No jogo de ida, no México, as duas equipes empataram em 0 a 0. A vitória coroa uma campanha heróica dos Millonarios, que quase foram eliminados na fase de grupos do torneio. Acabaram salvos justamente pelo adversário da noite desta quarta, em uma combinação de resultados na rodada derradeira e se classificaram como a equipe de pior desempenho entre as 16 que avançaram para o mata-mata. 

O clube argentino quebrou um jejum de 19 anos sem levantar a taça da Libertadores. Naquela ocasião, em 1996, o River, de Crespo, Francescoli e Ortega bateu o América de Cali por 2 a 0 no mesmo palco da decisão desta quarta. A equipe já havia dado a volta por cima a nível continental no ano passado, ao se sagrar campeão da Copa Sul-Americana, com uma vitória por 2 a 0 sobre o Atlético Nacional.

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Depois do susto que passou na fase de grupos, o River embalou no mata-mata da Libertadores. De cara, encarou o rival Boca Juniors e avançou, após vencer o Boca por 1 a 0 em casa. O jogo de volta, na Bombonera, foi paralisado após uma confusão envolvendo a torcida adversária, que jogou spray de pimenta nos atletas do River. O Boca acabou punido com a eliminação. Nas quartas de final, após perder para o Cruzeiro por 1 a 0 em Buenos Aires, o River cresceu e atropelou a equipe celeste em pleno Mineirão: 3 a 0. Na semifinal, vitória por 2 a 0 e empate por 1 a 1 sobre o Guaraní, do Paraguai.

Ao Tigres, resta se contentar com o vice-campeonato. A equipe, uma das melhores da fase de grupos, se classificou sem sustos para o mata-mata. Depois, eliminou Universitário de Sucre e Emelec antes de encarar o Inter na semifinal. Depois de perder por 2 a 1 no Beira-Rio, a equipe mexicana teve atuação brilhante diante de sua torcida em Monterrey e reverteu a vantagem adversária. Os 3 a 1 aplicados na equipe gaúcha ficaram baratos. Com o vice nesta quarta, o México segue sem vencer uma Libertadores. O país disputou outras duas finais, em 2001 (com o Cruz Azul) e 2010 (com o Chivas Guadalajara). Perdeu ambas.

Equilíbrio e gol no fim do primeiro tempo

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Como já se era de esperar, o primeiro tempo foi muito equilibrado e disputado em Buenos Aires. O River tomava a iniciativa e tinha mais posse de bola nos minutos iniciais. Sensação da Libertadores e algoz do Inter na semifinal, o Tigres resistiu e, mesmo jogando longe de casa, tentou impor seu futebol. E quase abriram o placar em um cochilo da zaga do River. Funes Mori perdeu a bola para Rafael Sóbis, que tabelou com o francês Gignac. O ex-jogador do Inter, porém, se enrolou com a bola e desperdiçou a chance. E viria a se arrepender em seguida.


Lucas Alario abriu caminho para a goleada do River sobre o Tigres
Foto: Diego Haliasz/Prensa River

Com Damm, considerado um dos jogadores mais velozes do mundo, o Tigres tinha uma boa alternativa para puxar contra-ataques, mas não conseguia encaixar uma boa jogada. Pelo contrário, parava muito o jogo com faltas desnecessárias. A equipe terminou o 1º tempo com quatro cartões amarelos. Melhor para o River, que passou a tomar conta do jogo nos minutos finais. E foi premiado com um gol aos 44 minutos. Vangioni fez bela jogada pela esquerda e cruzou na cabeça de Alario, que mandou no canto direto, sem chances para Guzmán. Festa dos 60 mil enlouquecidos torcedores argentinos no Monumental de Nuñez.

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Noite infeliz de Gignac. River transforma vitória em goleada

Contratado a peso de ouro pelo Tigres, o francês Gignac justificou o investimento na semifinal da Libertadores, marcando um gol contra o Inter e dando muito trabalho a defesa colorada e ao goleiro Alisson. Na final, porém, ele quase não apareceu. Sucumbiu à forte marcação do River no jogo em Monterrey e também na Argentina. Na única chance que teve na partida, aos 10 minutos, não conseguiu aproveitar. Após boa jogada de Jiménez, ele recebeu passe na entrada da área e mandou por cima do gol. Minutos depois, aos 22, em ótima jogada individual, Damm cruzou para Aquino, que desviou errado e perdeu a chance de igualar o marcador. Foi o último suspiro do Tigres na partida.


A equipe do Tigres fez partida discreta em Buenos Aires e amargou o vice
Foto: Diego Haliasz/Prensa River

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O River voltou a atacar e não perdoou. Aos 27, após erro na saída de bola, Aquino derrubou Sánchez na área e o árbitro assinalou pênalti. O próprio meia uruguaio bateu e ampliou para 2 a 0, fazendo a torcida explodir no Monumental de Nuñez. O título foi consolidado com mais um gol, aos 33. Após cobrança de escanteio, Funes Mori cabeceou forte, sem chances para Guzmán. A vitória virou goleada em Buenos Aires. Abatido, o Tigres pouco pode fazer nos minutos finais e apenas assistiu a festa dos jogadores do River, que voltou a conquistar a América.

FICHA TÉCNICA
COPA LIBERTADORES DA AMÉRICA – FINAL
RIVER PLATE x TIGRES

Local: Estádio Monumental de Nuñez, em Buenos Aires
Data: 5 de agosto de 2015, quarta-feira
Horário: 22 horas (de Brasília)
Arbitragem: Darío Ubriaco (Uruguai)
Cartões amarelos: Funes Mori, Carlos Sánchez, Cavenaghi, Lucas Alario (River Plate); Jiménez (Guerrón), Juninho, José Rivas, Torres e Gignac (Tigres)
Gols: Alario – 44 min/1ºT; Carlos Sánchez – 29min/2ºT e Funes Mori – 33min/2ºT

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RIVER PLATE: Barovero; Mayada, Maidana, Funes Mori e Vangioni; Carlos Sánchez, Kranevitter (Lucho González), Ponzio e Bertolo; Cavenaghi (Piscullichi) e Alario (Driussi)
Técnico: Marcelo Gallardo

TIGRES: Guzmán; Jiménez, Juninho, José Rivas e Torres; Pizarro, Arévalo Ríos (Dueñas), Damm e Aquino; Rafael Sóbis e Gignac
Técnico: Ricardo Ferretti

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