O River Plate emitiu nota oficial neste sábado, 1º, para protestar contra a imposição de enfrentar o Boca Juniors em Madrid, pela partida de volta da final da Copa Libertadores. A decisão de transferir a sede do jogo para o Santiago Bernabéu, estádio do Real Madrid, para o duelo ser realizado no dia 9, foi comunicada pela Conmebol nesta sexta-feira.
O River listou três razões para sustentar sua posição. De acordo com o clube, a responsabilidade pela falta de segurança nos arredores do Monumental de Nuñez, onde aconteceu o ataque contra o ônibus do Boca Juniors, no último dia 24, é dos órgãos de segurança pública da Argentina.
Outro argumento utilizado pelo River foi que 66 mil pessoas compraram ingressos para assistir ao jogo no Monumental de Núñez, portanto elas seriam “injustamente” lesadas se a partida não acontecer no estádio do clube “em razão da evidente diferença entre a distância e os custos para chegar à sede escolhida”.
Publicidade
Por fim, o River Plate afirmou que “não é compreensível” que o clássico mais importante da Argentina não possa ocorrer no mesmo país que sedia a reunião do G20, cúpula em que líderes das maiores economias do mundo estão reunidos.
“O futebol argentino, em conjunto com a Associação de Futebol Argentino (AFA) não podem nem devem permitir que um punhado de pessoas violentas impeçam a realização do ‘Superclássico’ em nosso país”, diz o fim da nota emitida pelo River. Na partida de ida, em La Bombonera, estádio do Boca Juniors, as equipes empataram por 2 a 2, no dia 11 de novembro.
Gianni Infantino ignora protesto do River Plate
Publicidade
Presidente da Fifa, o suíço Gianni Infantino aprovou a decisão da Conmebol de transferir a final da Copa Libertadores para Madrid. O dirigente também deu pouca importância ao pronunciamento emitido pelo River Plate neste sábado, em que o clube argentino se manifestou contra a mudança da sede da partida contra o Boca Juniors.
“No futebol, sempre se deve jogar”, disse Infantino neste sábado, durante a reunião do G20 em Buenos Aires, capital da Argentina, onde chefes das principais economias do mundo estão reunidos. “O que aconteceu não tem desculpa. É uma partida de futebol, não uma guerra ou uma batalha. Esperamos que esse jogo marque um antes e um depois para o futebol sul-americano”, discursou o dirigente.
A partida de volta da final da Libertadores, marcada para o último sábado, não foi realizada porque jogadores do Boca Juniors foram atingidos por pedras durante a chegada do ônibus da equipe ao estádio Monumental de Núñez, onde o River Plate seria mandante do duelo. No duelo de ida, em La Bombonera, os rivais empataram por 2 a 2.
Publicidade
“A Fifa aprovou a decisão”, disse Infantino sobre a transferência da sede para o estádio Santiago Bernabéu, em Madrid. Na última quinta-feira, a Conmebol anunciou a mudança do local e a data de realização do duelo para o próximo dia 9.
“Sabemos da rivalidade e do que ocorreu. A Conmebol acredita que não seria correto jogar por aqui (América do Sul). Essa é uma situação excepcional”, afirmou Infantino, quando perguntado se o caso pode motivar outras confederações a também retirarem as finais de competições de seus continentes.
Publicidade
This website uses cookies.