A China, primeira adversária do Brasil no futebol feminino dos Jogos Olímpicos do Rio, não cumpriu o primeiro prazo definido para a liberação de seis jogadoras da seleção brasileira. Debinha, Fabiana, Gabi Zanotti, que atuam no Dalian Quanjian, além de Rafaelle, Raquel e Darlene, jogadoras do Changchu, não foram liberadas no último dia 15, data do acordo com seus clubes, e ainda não sabem quando vão se apresentar para o período de treinamentos em Itu (SP), local da preparação da seleção brasileira.
“Não podemos dizer que existe uma relação (entre a estreia contra o Brasil e a liberação), mas é estranho. As próprias jogadoras chinesas já foram liberadas para iniciar preparação olímpica”, disse o técnico Osvaldo Alvarez, o Vadão. “A negociação é feita com cada clube. Temos de aguardar”, lamentou
O treinador reconhece que o atraso prejudica o entrosamento com o restante do elenco e a preparação final. Principal jogadora da equipe, Marta só vai se apresentar à seleção 15 dias antes do Jogos por imposição do time sueco Rosengard, onde atua. Atualmente, 16 atletas do grupo jogam fora do País.
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Ao contrário do futebol chinês masculino, menos competitivo que a Europa, o feminino é forte, baseado na velocidade, preparo físico e disciplina tática. “O campeonato chinês é mais forte que os torneios brasileiros. Elas usam muito a parte física”, disse o treinador brasileiro.
A demora na apresentação, no entanto, não impede que as brasileiras sejam “espiãs”. As duas atacantes da seleção chinesa atuam no Dalian, o mesmo time de Debinha, Fabinha e Gabi.
Desde 2015, o Brasil tem uma seleção feminina permanente. As atletas que atuam no Brasil se desligaram de seus clubes e foram contratadas pela CBF. As jogadoras ficam concentradas em Itu até o amistoso contra a Austrália, no dia 23 de julho, em Fortaleza, o último jogo antes da Olimpíada.
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