A tecnologia é um dos pilares do futuro e uma grande ferramenta de transformação do século 21, mas o futuro não se resume a esse assunto. Ela tem sido uma força transformadora na sociedade, impulsionando o progresso em diversas áreas. No entanto, o avanço acelerado da tecnologia, dividida em três categorias – física, digital e biológica – também apresenta desafios e riscos significativos que devem ser discutidos.
Vivemos o auge da crise ética do assunto, e enquanto ela avança, o mundo discute o que isso pode representar para o planeta no futuro. Ela apresenta perigos maiores do que o risco nuclear, do que o uso de armas biológicas, segundo Jason Matheny, CEO da Rand Corporation e responsável pela segurança nacional americana, afirma.
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Quando o aspecto é privacidade e segurança, temos preocupações crescentes. Empresas e governos têm acesso a informações íntimas da população, e levantam dúvidas sobre o uso e o compartilhamento desses dados. Nas megatendências globais já mapeadas, sabemos que os dados sem as devidas tratativas terão uma desvalorização enorme nos próximos anos, mesmo tendo sido anunciados como o novo petróleo.
Outra fonte de preocupação é a crescente ameaça de ciberataques e violações de segurança, que colocam em risco informações sensíveis, como dados financeiros e de saúde.
A tecnologia oferece oportunidades para o progresso, mas tem agravado a desigualdade social porque aqueles que não têm acesso ou conhecimento suficiente podem ficar excluídos. Com isso, ampliamos ainda mais a lacuna social. A automação e a inteligência artificial têm o potencial de substituir empregos, resultando em desemprego estrutural e aumento das disparidades econômicas.
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A tecnologia tem se mostrado especialmente arriscada quando se trata de smartphones, mídias sociais e jogos online. Burnout e depressão aumentaram de forma estarrecedora nos últimos anos. O uso excessivo pode levar ao isolamento, problemas de saúde mental e dificuldades de concentração. A dependência tecnológica vem afetando negativamente o equilíbrio entre vida pessoal e profissional, prejudicando os relacionamentos e a produtividade profissional.
A disseminação rápida de informações proliferou notícias falsas e aumentou a capacidade de manipular informações, colocando em risco a democracia e nossa capacidade de tomar decisões. Algoritmos personalizados criam bolhas de filtragem, reforçando opiniões preexistentes e dificultando a exposição a diferentes perspectivas.
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Questões éticas complexas, que precisam ser consideradas. O desenvolvimento da inteligência artificial vem levantando debates em todo o mundo sobre a responsabilidade por ações automatizadas e potenciais vieses algorítmicos. Além disso, a tecnologia usada para fins militares ou de vigilância pode ter implicações significativas para os direitos humanos no futuro.
Temos que abraçar a tecnologia sem nos tornarmos reféns dela. Ela precisa de recuo, de debate e de uso saudável: uma ferramenta de transformação, não uma entidade desgovernada que ameaça o futuro da humanidade e das demais espécies do planeta.
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