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Saúde

Risco de problemas em doses muda sistema de vacinas em Santa Cruz

Um problema de falta de energia ocorrido há cerca de dez dias provoca mudanças no sistema de vacinação de Santa Cruz do Sul. Doses que estavam armazenadas em câmaras frias na Vigilância Sanitária estão com suspeita de ineficácia devido à temperatura em que ficaram conservadas.

De acordo com o secretário municipal de Saúde, Régis de Oliveira Júnior, o problema atinge 11.423 doses do estoque. No entanto, ele afirma que as vacinas disponíveis nos postos e no Centro Materno Infantil (Cemai) não foram afetadas e podem ser aplicadas com segurança. 

Conforme o secretário, no dia 8 de fevereiro a Prefeitura recebeu uma carga de vacinas do Estado. As doses ficaram guardadas nas câmaras frias da Vigilância Sanitária. No entanto, um pedestre que passava em frente ao prédio desligou o disjuntor de energia. As baterias das câmaras foram ativadas e mantiveram as doses resfriadas até a segunda-feira passada, 11.

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Na manhã de segunda, um servidor da Vigilância recebeu uma notificação automática informando que a temperatura das câmaras estavam oscilando. Ao chegar no local, por volta das 7h40, ele constatou que as vacinas estavam armazenadas a 17,3 graus – temperatura acima do ideal para conservação – o que pode ter comprometido a eficácia das medicações.

Diante do risco, as doses não foram distribuídas às unidades de saúde e, na manhã desta segunda-feira, 18, começaram a faltar alguns tipos de vacinas – Vacina Inativada Poliomelite (VIP) e pneumocócica 10 – no Centro Materno Infantil (Cemai). A Secretaria de Saúde acredita que até o fim da tarde, entrem em falta no Cemai as doses de pentavalente e contra rotavírus.

Por conta do estoque baixo de produtos em algumas unidades de saúde, a Secretaria está reorganizando o sistema de vacinação e concentrando as aplicações apenas no Cemai e nos postos do Avenida, Esmeralda, Jacob Schmidt, Gaspar Bartholomay, Menino Deus e Rauber e em unidades do interior. O Cemai é o local que concentra o maior número de aplicações – no mês passado, foram 1.770 doses, uma média de 70 por dia. 

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Conforme Régis, a situação não é alarmante e a comunidade pode seguir o calendário de vacinação normalmente. O secretário descarta a possibilidade de desabastecimento. A 13ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) informou que já fez um novo pedido para a Secretaria Estadual de Saúde e também organiza um remanejamento de doses. Além disso, repassou para o município vacinas que estavam sobrando.  A Secretaria Municipal também busca doses em outras cidades da região. A expectativa é de que o Estado avalie até sexta-feira as condições das 11,4 mil vacinas sob suspeita.

O secretário explica que a Prefeitura não tem como comprar novas doses porque precisaria de autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e do Ministério da Saúde. 

Um boletim de ocorrência foi registrado na Polícia Civil para tentar apurar a identidade do responsável pelo desligamento. A Secretaria de Saúde busca imagens de câmeras de videomonitoramento com a Guarda Municipal para auxiliar na identificação.

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