Faz parte das tradições da proximidade de todo fim de ano o planejamento das compras de presentes para familiares, amigos secretos e para uso pessoal, além de outros gastos e providências. É o momento, também, de comprar móveis e eletroeletrônicos para a casa. Enfim, de alguma maneira, as pessoas procuram renovar a si mesmas e seus ambientes.
É o tempo também de muitas promoções e campanhas chamativas, e de dinheiro na mão – o que pode ser sinônimo de exagero nos gastos e compras por impulso. Esse é um clássico de fim de ano, quando se juntam a Black Friday, o Natal, o 13º salário e outros “extras”. Mas como evitar as compras por impulso e os gastos exagerados no Natal e no fim de ano?
A oportunidade de usar bem essa grana extra pode também representar uma possibilidade de refletir sobre as compras por impulso, sobre a direção dos gastos do dia a dia e se há necessidade de uma mudança de comportamento financeiro para o próximo ano.
Publicidade
O consumismo é o consumo exagerado, de bens ou serviços, muitas vezes de coisas supérfluas. Mais que isso, como explica Ana Leoni, educadora financeira e CEO da Planejar, há outros dois fatores particulares que ajudam a identificar esse problema:
Em casos menos graves, é importante inverter a forma de gastar dinheiro. Ana Leoni sugere o seguinte modelo de gastos ideal, que ela considera uma organização financeira mais eficiente, seguindo essa ordem de prioridades:
Ana Leoni também dá outras orientações que podem ajudar a evitar compras por impulso no fim do ano, quando mais dinheiro aparece na conta e vira tentação:
Publicidade
Um dos problemas que a maioria já se deu conta e está sentindo no bolso é a inflação, que encarece os produtos cada vez mais. Hoje, praticamente todos os produtos estão tendo seus preços aumentados, a começar pelos alimentos, passando pelos combustíveis, energia elétrica, gás de cozinha, moradia, transportes, até chegar a itens supérfluos. Sem contar, ainda, a inflação disfarçada, quando o consumidor paga o mesmo preço por um produto, mas leva menos quantidades ou menor peso.
Por isso, o consumidor deve ou deveria ter se programado para as compras de fim de ano. Para Maurício Takahashi, professor de Finanças da Universidade Presbiteriana Mackenzie, e Antônio Sá, professor de Pós-Graduação em Inteligência de Mercado, os consumidores deveriam planejar-se da seguinte forma:
O fato é que as compras de Natal e fim de ano não podem ser considerados apenas um evento. Na verdade, constituem um processo que envolve uma série de questões: a quem presentear, o quanto gastar, o que escolher etc. É importante, também, pesquisar o que a pessoa realmente deseja ou precisa, para o presente realmente ser útil.
Publicidade
Por fim, como diz Reinaldo Domingos, PhD em educação financeira e criador da DSOP Educação Financeira, além de outras atividades, “é hora de ter juízo: não só saber para onde o dinheiro vai, no presente e em presentes, mas também para onde ele irá no futuro”, no que um bom planejamento é fundamental.
LEIA MAIS TEXTOS DE FRANCISCO TELOEKEN
Publicidade
This website uses cookies.