Riqueza no século 21

Nosso mundo está mudando rapidamente, especialmente em termos de cultura. Novos anseios sociais e inúmeros alertas sobre nosso modo de viver. Afinal, o que é riqueza no novo século?

Gerar empregos e movimentar a economia continuam sendo premissas positivas e necessárias para o mundo dos negócios, mas não são mais uma justificativa para a geração de riqueza a qualquer custo.
No século 21 falamos muito de abundância, e qual é a diferença entre riqueza e abundância? Riqueza é a quantidade de dinheiro, posses, bens materiais e propriedades, a fortuna de alguém. Abundância é ter em excesso, mais do que se precisa. Do quê? De bens materiais? Não, de tudo!!! Tempo, relações, recursos de diferentes naturezas e especialmente de tranquilidade com o fluxo da vida.

A natureza em si é abundante, fluida, perfeita. Ela oferece tudo que as espécies e o planeta precisam para viver bem.

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Há muito tempo acredito que recurso material que vem fácil vai fácil. Também não acredito mais que para se ter sucesso seja preciso transformar a vida em trabalho, em acúmulo de coisas, ter 100% de foco na vida profissional e dedicação de segunda a segunda. Esse é o jeito velho de pensar e viver, que custou a muitos de nossos pais a vida, no final cheia de arrependimentos.

Sucesso e riqueza não são mais representados por fortunas incalculáveis. Também não virá dos modelos duvidosos de inovação exponencial do Vale do Silício, que já se provaram insustentáveis a longo prazo. Inovar é incrementar, romper a forma habitual de fazer as coisas, de imaginar algo que ainda não existe a partir da inteligência projetiva.

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A riqueza no século 21 será medida pela consciência, individual e coletiva, relacionada a organismos vivos, como uma empresa ou a sociedade. Ricos modernos são os que usam todos os recursos de forma correta. Compartilham, preservam, questionam, recuam, confrontam o velho jeito de viver e o modo nocivo de fazer negócios.

Ter consciência significa pensar de forma sistêmica, universal, coletiva e colaborativa.

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E ter menos coisas e ao mesmo tempo viver de forma mais abundante. É saber que milhões de dólares trazem milhões de problemas e às vezes centavos em felicidade.

O novo sucesso prestigia a comunidade local, cuida do consumo, quebra barreiras, segue regras que integram meio ambiente, os anseios sociais e governança ética.

As empresas “verdes” do novo mundo ganham infinitamente mais dinheiro que as demais, e são abundantes em todos os aspectos. Além disso, servem de modelo de reputação e engajamento para o mundo.

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Ter menos coisas é o mais de hoje. Ser grande e rico significa fazer o dever de casa em um planeta que sangra todos os dias por causa dos desmandos humanos. Uma triste história a ser contada sobre nossa geração.

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Naiara Silveira

Jornalista formada pela Universidade de Santa Cruz do Sul em 2019, atuo no Portal Gaz desde 2016, tendo passado pelos cargos de estagiária, repórter e, mais recentemente, editora multimídia. Pós-graduada em Produção de Conteúdo e Análise de Mídias Digitais, tenho afinidade com criação de conteúdo para redes sociais, planejamento digital e copywriting. Além disso, tive a oportunidade de desenvolver habilidades nas mais diversas áreas ao longo da carreira, como produção de textos variados, locução, apresentação em vídeo (ao vivo e gravado), edição de imagens e vídeos, produção (bastidores), entre outras.

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