O ano de 2015 ficará lembrado para sempre como o ano das cheias em Rio Pardo. Foram três grandes enchentes, sendo que a última bateu um novo recorde. Na tarde de ontem, de acordo com a medição na jusante da Barragem do Anel de Dom Marco, o nível do Rio Jacuí chegou a 18,8 metros, superando os 18,75 registrados na enxurrada histórica de outubro, que até então era a maior do município desde 1941.

E embora a chuva tenha dado uma trégua após o Natal, a previsão não é nada animadora para os próximos dias, com possibilidade de temporais até sexta-feira. Para piorar a situação, o rio continua subindo. “Nem nos recuperamos dos estragos causados pela enchente anterior e pelo granizo. Ainda estamos distribuindo telhas para as famílias que necessitam”, lembra o coordenador da Defesa Civil de Rio Pardo, Jorge Poeta.

Dois meses e meio separam as inundações de outubro e a deste mês. E, como Poeta explicou, o município ainda estava em processo de recuperação após a cheia. Um exemplo é o Balneário Porto Ferreira, que sequer estava preparado para receber os veranistas, pois apresentava graves problemas de infraestrutura, como a sujeira acumulada nas ruas e calçadas.

Muito frequentado no verão, principalmente por santa-cruzenses e vera-cruzenses, o Porto Ferreira tornou-se um símbolo dos problemas de manutenção pelo poder público após a última enchente. No local há cerca de 500 residências, quase todas totalmente encobertas pela água. Alguns moradores só terão noção dos prejuízos após o rio baixar. Outros se deslocam de barco para verificar a situação de suas casas. 

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