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JOÃO CÂNDIDO

Rio Pardo recebe lançamento de livro nesta segunda-feira

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O jornalista Mario Pepo Santarem realiza segunda-feira o lançamento do livro João Cândido: sonho e castigo, às 18h30, no Centro Regional de Cultura Rio Pardo. O autor, natural do Bairro Ramiz Galvão e residente em Porto Alegre desde 1978, participará de um bate-papo e autografará sua obra sobre o militar da Marinha de Guerra do Brasil e líder da Revolta da Chibata, conhecido como Almirante Negro. O evento será uma homenagem ao Dia da Consciência Negra, comemorado em 20 de novembro.

O livro apresenta várias facetas do Almirante Negro, um herói natural de Encruzilhada do Sul que, apadrinhado pelo almirante Alexandrino de Alencar, saiu de Rio Pardo – que dizia, com orgulho, ser seu lugar de nascimento. Segundo o autor, os leitores irão compreender o sofrimento de João Cândido e sua capacidade de resistir às torturas que sofreu, dando a certeza de que é possível superar as dores físicas quando se consegue libertar a alma.

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João Cândido passou por Rio Pardo e Porto Alegre, de onde foi encaminhado pelo almirante Alexandrino de Alencar para seguir carreira na Marinha. O autor lembra, no prefácio, que negros, mulatos e membros da “ralé brasileira” não tinham escolha: eram obrigados a prestar serviço militar, mesmo contra a vontade.
Adolescente ainda, iniciou carreira na Marinha, tornando-se muito cedo marujo de primeira classe. Suas habilidades, desenvoltura, liderança e paixão pela instituição foram logo percebidas por aqueles que estavam à sua volta.

Ao ingressar na Marinha de Guerra, João teve progressões e rebaixamentos. Foi escolhido para acompanhar a construção dos encouraçados que o Brasil encomendara da Inglaterra. Destacou-se nacionalmente na Revolta da Chibata, com a liderança que teve nesse episódio. Essa rebelião, ocorrida na Marinha brasileira entre 22 e 27 de novembro de 1910, foi em protesto contra os castigos físicos que os militares de baixa patente recebiam.

Em Santa Cruz do Sul

O lançamento do livro João Cândido: sonho e castigo em Santa Cruz do Sul ocorrerá na terça-feira, às 19 horas, no Sociedade Ginástica, com a participação do autor, o jornalista Mario Pepo Santarém. A atividade é do Cpers/Sindicato, com educadores e também aberta à comunidade.

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Morte no Rio de Janeiro

A partir de excertos da versão oficiosa da Marinha, retirados de um longo relatório feito pelo capitão-de-mar-e-guerra Luiz Alves de Oliveira Belo e do livro do vice-almirante Helio Leôncio Martins, sobre as duas rebeliões, o autor conta um pouco da interpretação da Marinha sobre os fatos de 1910 e o panorama sociopolítico daqueles eventos. Algumas homenagens oficiais; fatos relevantes – alguns deles, desdenhados e boicotados pela Marinha –; a adesão de João Cândido ao integralismo do político e escritor Plínio Salgado; seus casamentos; o período em que foi considerado louco e internado no Hospital de Alienados e seu julgamento estão costurados na publicação, com a recriação de Mario Pepo Santarem sobre a viagem de João à infância e de seus medos e assombrações. João Cândido Felisberto morreu em 6 de dezembro de 1969, aos 89 anos, no Rio de Janeiro.

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