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Rio Grande do Sul terá a maior safra de soja da história

O Rio Grande do Sul terá a maior safra de soja da história. A informação foi divulgada nesta quinta-feira, 25, pela Emater/ RS-Ascar, durante uma live que expôs as estimativas para a safra 2020/21. De acordo com o levantamento, a produção de soja no Estado será de 20,2 milhões de toneladas, com avanço de 80% em relação ao ciclo 2019/20, quando 11,2 milhões de toneladas foram colhidas, conforme o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola do IBGE, realizado em julho de 2020. A colheita avança de forma tímida, com cerca de 5% no caso da soja. O processo deve ser concluído até o final de abril na maioria das regiões.

A área plantada de soja também contou com elevação, de 1,6%, ao chegar a 6,07 milhões de hectares. A produtividade deve alcançar 3,3 mil quilos por hectare, com incremento de 76,6%. O diretor técnico da Emater/RS-Ascar, Alencar Paulo Rugeri, salientou que a chuva é importante na fase de colheita para manter a umidade da planta em até 13%. “A expectativa é excelente. O tempo seco prejudicou o plantio no período mais adequado, mas a condição hídrica foi favorável. Janeiro sempre é um mês decisivo para a cultura da soja”, comentou. Para ele, os números mostram a eficiência dos agricultores gaúchos. “Os produtores estão com muita capacidade produtiva da porteira para dentro, no que tange ao tripé gestão, planejamento e profissionalismo. É necessário melhorar da porteira para fora, na comercialização e na logística, principalmente”, avaliou.

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A produção gaúcha de grãos deve chegar a 24,6 milhões de toneladas, uma expansão de 59,2%, justificada pela condição climática favorável, diferente do que ocorreu no verão de 2019/20, quando a quebra da safra frustrou os agricultores. Os dados foram coletados na primeira quinzena de março, baseados na tendência apresentada pelas produtividades médias municipais registradas nos últimos dez anos. Por isso, estão muito acima do resultado obtido na última temporada, prejudicada pela estiagem.

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Agro também vai impulsionar o PIB no RS

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O Produto Interno Bruto (PIB) do Rio Grande do Sul sofreu a maior queda da série histórica e despencou 7% em 2020, afetado pela estiagem e pela pandemia. Todos os principais setores da economia sofreram resultados negativos. A agropecuária, que em 2019 colaborou para o PIB positivo, teve queda de 29,6% no ano, consequência da seca que atingiu o Estado. No Brasil, houve crescimento de 2% na atividade.

O presidente da Emater/RS-Ascar, Geraldo Sandri, destacou que o agronegócio será responsável por alavancar a economia gaúcha. “O PIB gaúcho caiu mais do que o nacional por causa da estiagem no ano passado. Em 2021, o Estado vai crescer mais do que o Brasil. O agro representa 40% da nossa economia”, enfatizou. Sandri citou ações da Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) que, por meio de políticas públicas, auxiliaram o desenvolvimento da safra recorde. “É importante o fortalecimento do agro, que está dando respostas positivas neste momento de pandemia. É uma alegria apresentarmos números significativos como esses”, exaltou o secretário da Seapdr, Covatti Filho.

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Mais milho e oscilações no feijão

Conforme a estimativa apresentada pela Emater/RS-Ascar, o milho deverá render 4,2% a mais do que no ciclo anterior, o equivalente a 4,32 milhões de toneladas. Ainda assim, a produção ficará aquém da projetada inicialmente, de 5,9 milhões de toneladas. As lavouras tiveram acréscimo de 5,9% e totalizaram 796,3 mil hectares.

Para o feijão, a redução será de 4,9% na primeira safra, em um total de 51,5 mil toneladas. A área cultivada atingiu 37,4 mil hectares, com expansão de 1,23%. Na segunda safra, a expectativa é de acréscimo de 19,8% na colheita, com total de 31,5 mil toneladas. A área plantada deve alcançar 23,4 mil hectares, o que representa uma elevação de 0,82%.

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Colheita do arroz avança a 43% no Estado

Os trabalhos de colheita de arroz no Estado registraram 43,43% nesta semana, conforme levantamento do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga). Até o momento, foram colhidos 410.835 hectares. As informações são tabuladas pela Divisão de Assistência Técnica e Extensão Rural (Dater), a partir de dados apurados pelas equipes dos Núcleos de Assistência Técnica e Extensão Rural (Nates) da autarquia. Os preços chegaram a R$ 86,89 nos últimos dias (índice Cepea), mas em alguns pontos do interior atingem perto de R$ 90,00.

O diretor técnico Ricardo Kroeff salientou que o Irga passa a trabalhar com a informação de 945.940 hectares de área semeada, correção de 1.098 hectares a mais em relação ao número divulgado até então (944.841 hectares). A correção se deve a novos apontamentos dos Nates do Irga. Em relação à safra passada, o crescimento foi de 1,3% (935.262 hectares semeados na safra 2019/20). “A produtividade média está hoje em 8.904 quilos por hectare, o que reflete todo o cuidado no manejo por parte dos produtores para que se busque o mais alto nível de produtividade, aliado às condições climáticas favoráveis ao cultivo do arroz”, explicou.

Na área central, que abrange os Nates de Candelária e Pantano Grande, a colheita chegou a 34,86%, com 45.682 hectares. A maturação atinge 52,76%, com 69.124 hectares, enquanto 12,38% estão em estágio reprodutivo, com 16.221 hectares.

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