Para marcar o Dia Internacional da Mulher, celebrado nesta terça-feira, 8, o governo do Estado, por meio da Secretaria da Igualdade, Cidadania, Direitos Humanos e Assistência Social, lançou o programa Mulheres Empreendedoras. A iniciativa vai ofertar, inicialmente, cursos gratuitos de qualificação, com metodologia acessível, para 1,4 mil mulheres em todo o Estado.
“O projeto que lançamos vai qualificar mulheres para geração de emprego e renda. A capacitação é um importante passo para a inserção feminina no mercado de trabalho. Além de planejar e desenvolver seu negócio, cada participante terá acompanhamento por 180 dias após a realização das atividades”, afirmou o governador em exercício Ranolfo Vieira Júnior.
Ranolfo também reforçou a importância da remuneração das mulheres no enfrentamento à violência. “Iniciativas como este programa são fundamentais como redes de acolhimento às mulheres, que muitas vezes dependem financeiramente de seus agressores.”
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O programa já inicia com todas as vagas preenchidas. Por isso, durante a solenidade, Ranolfo autorizou o encaminhamento de uma segunda fase da iniciativa para abertura de nova turma. Em sua fala, também exaltou os importantes papéis de decisão ocupados por mulheres na administração do Estado, que, com competência, quebram paradigmas e estigmas sociais.
A secretária da Igualdade, Cidadania, Direitos Humanos e Assistência Social, Regina Becker, reforçou a importância da qualificação feminina. “O programa Mulheres Empreendedoras potencializa a reconhecida capacidade das mulheres para que possam conquistar a sua autonomia financeira.”
Ela também destacou a relevância da data, em contexto atual. “Estamos novamente vivenciando uma guerra. As mulheres não compactuam com a lógica masculina destrutiva, amparada no poderio militar, produto da ganância de líderes mundiais que seguem paradigmas ultrapassados de desrespeito absoluto com os compromissos humanitários. Este não é o mundo que as mulheres querem. As mulheres morrem porque são mulheres, são assediadas porque são mulheres, têm uma vida financeiramente difícil porque são mulheres. Essa é a nossa luta”, acrescentou a secretária.
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O evento no Palácio Piratini contou com aula inaugural “Empreendedorismo feminino em busca da igualdade de gênero”, ministrada por Cátia Maria Nehring, reitora da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Unijuí). A Orquestra Jovem do Rio Grande do Sul, composta por jovens mulheres, abrilhantou o evento apresentando as canções “Como nossos pais” e “Maria, Maria”.
O programa Mulheres Empreendedoras é realizado em parceria com a Fundação de Integração, Desenvolvimento e Educação (Fidene), da Unijuí. O projeto objetiva dar às mulheres ferramentas para o empreendedorismo, por meio da elaboração e desenvolvimento de planos de negócios, finanças, inovação, marketing e e-commerce, além do desenvolvimento de ideias, projetos e empreendimentos sociais, tradicionais e culturais, visando maior participação feminina nos processos de geração de trabalho e renda.
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Serão 1.680 horas de qualificações que permitirão a criação de novos negócios, identificação de oportunidades e constituição de equipes que pensem em novos modelos e oportunidades de negócio. Ao longo das capacitações, as mulheres também receberão consultorias individuais para unir teoria e prática. Após o término dos cursos, as mulheres terão 180 dias de acompanhamento em seus projetos de negócio.
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Programa nacional
Por Estadão Conteúdo
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A secretária especial de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia, Daniella Marques Consentino, anunciou nesta terça-feira, 8, a criação programa “Brasil para Elas”, voltado para mulheres empreendedoras. “O presidente Jair Bolsonaro vai assinar um decreto que cria uma estratégia nacional de empreendedorismo feminino. O programa terá um comitê envolvendo os ministérios da Economia, Mulher, Cidadania, entre outros, além dos bancos púbicos e do Sebrae, e representantes da sociedade”, afirmou, em cerimônia no Palácio do Planalto.
Ela lembrou que as mulheres são responsáveis 80% das decisões de compra no País, mas tomam apenas 20% do crédito. Daniella destacou que Caixa, Banco do Brasil, Banco do Nordeste (BNB) e o Banco da Amazônia (Basa) lançam nesta terça linhas especiais de crédito para o público feminino. “Fiz essa pergunta e desafio aos presidentes dos bancos públicos e eles toparam buscar conosco essa resposta. Eles estão oferecendo não só crédito, microcrédito e apoio, mas um esforço muito mais amplo”, acrescentou a secretária especial.
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