O Rio Grande do Sul segue sob risco geo-hidrológico neste fim de semana. O alerta foi feito pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), em conjunto com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad) e Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Conforme a nota técnica, uma frente de ar está semiestacionária sobre a Região Central do Rio Grande do Sul, provocando chuvas intensas no Centro-Leste e Nordeste do Estado, incluindo Porto Alegre e a Região Metropolitana.
Os volumes acumulados nesse período poderão superar os 150 milímetros, condição que pode agravar ainda mais a situação das enchentes. Além disso, os ventos virão do quadrante Sul, o que dificulta o escoamento das águas da Lagoa dos Patos em direção ao Oceano Atlântico. Já no caso dos rios Taquari, Caí e Sinos, que estão com os níveis em recessão, o cenário pode mudar nas bacias hidrográficas mais próximas da Região Metropolitana. Com isso, há previsão de estabilidade com leve tendência de elevação do nível do Guaíba.
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Já a MetSul Meteorologia alerta para um “grave risco” de repique de cheia dos rios Gravataí e Sinos, também na Grande Porto Alegre, devido às precipitações deste fim de semana. Com mais vazão nos cursos d’água que desaguam no Guaíba, além das áreas já alagadas em Porto Alegre, a empresa alerta para a possibilidade de elevação do nível do Guaíba e agravamento da situação das áreas inundadas. Para o Vale do Rio Pardo, o modelo usado pela MetSul prevê volumes entre os 75 e 150 milímetros até esta segunda-feira, 13.
Cenário
O boletim divulgado pela Defesa Civil na tarde deste sábado, 11, indica que as mortes em decorrência da enchente chegaram a 136 no Rio Grande do Sul. Ao menos 125 pessoas estavam desaparecidas, 756 sofreram ferimentos e o total de desalojados chegou a 339.925 em 445 municípios. O total de resgates já é de 74.153 indivíduos. Além disso, as equipes ajudaram a localizar 10.348 animais.
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Em Porto Alegre, o Guaíba baixou para 4,58 metros, mas os alagamentos continuam. A Prefeitura construiu um corredor de acesso pela Avenida Castelo Branco até o Viaduto da Conceição. O tráfego no local foi liberado nessa sexta-feira, 10, para veículos de emergência. Para a obra, foi necessário derrubar a passarela que dá acesso à Rodoviária da Capital.
No Sul do Estado, o cenário é de apreensão entre os moradores de diversos municípios. O nível da Lagoa dos Patos aumentou, chegando a 2,48 metros, e alagou cidades como Rio Grande, Pelotas e São Lourenço do Sul.
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