Com 277.741 doses aplicadas até essa terça-feira, 13, o Rio Grande do Sul alcançou 50% da meta estabelecida na Campanha Nacional de Vacinação Contra a Poliomielite 2022. A meta é vacinar 95% das crianças gaúchas de 1 a 4 anos, 11 meses e vinte e nove dias, totalizando 553.814 crianças. No Estado, 182 municípios já alcançaram a meta.
A secretária estadual de Saúde, Arita Bergmann, em entrevista à Associação Gaúcha de Emissoras de Rádio e Televisão (Agert), avaliou positivamente os números, mas reforçou que é necessário avançar na campanha. “Não temos no Rio Grande do Sul casos de poliomelite, mas não podemos dar chance para o azar”, advertiu a secretária, que pediu que pais e avós levem os filhos e netos para as Unidades Básicas de Saúde.
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No Brasil, até a mesma data, foram vacinadas 4.952.411 crianças, o que representa 42% da meta nacional. A Campanha Nacional de Vacinação Contra a Poliomielite seguirá até 30 de setembro.
Índices de vacinação abaixo das metas preconizadas pelo Ministério da Saúde aumentam os riscos para doenças imunopreveníveis, como coqueluche, poliomielite, sarampo, caxumba, rubéola, varicela, meningite meningocócica e pneumocócica, gastroenterite por rotavírus e hepatites A e B, entre outras. Considerando o calendário básico de vacinação infantil, nos últimos cinco anos, as metas preconizadas pelo Ministério da Saúde não foram atingidas.
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Os dados de 2021, considerados ainda parciais, indicam que o Rio Grande do Sul ficará abaixo das metas preconizadas. A vacina contra a poliomielite não alcançou nos últimos anos, no Rio Grande do Sul, a meta de 95% de cobertura. A análise da série histórica das coberturas vacinais de 2017 a 2020 tem variado entre 75% e 86%.
Poliomielite, ou paralisia infantil, é uma doença contagiosa aguda causada pelo poliovírus, que pode infectar crianças e adultos por via fecal-oral (através do contato direto com as fezes ou com secreções expelidas pela boca das pessoas infectadas), podendo atacar o sistema nervoso e provocar paralisia flácida aguda, principalmente em membros inferiores.
Uma análise da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) em 2021 identificou que o Brasil é um dos países da América com alto risco de reintrodução do vírus da poliomielite, ao lado de outros cinco países – Bolívia, Panamá, Paraguai, Argentina e Equador. Quatro apresentam situação de risco muito alto: Haiti, Venezuela, Peru e República Dominicana.
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No Rio Grande do Sul, a análise demonstrou um cenário preocupante, no qual 42% dos municípios gaúchos encontram-se em risco muito alto e 32% em risco alto. Ou seja, em 367 municípios do Estado (74%) há um grande risco de voltar a ter casos de pólio.
Para a análise de risco considera-se cobertura vacinal, vigilância epidemiológica e alguns determinantes de saúde como acesso à água potável e à rede de esgoto. Com isso, reforça-se a necessidade de manter ações permanentes e efetivas de vigilância da doença e níveis adequados de proteção imunológica da população.
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