Uma das práticas mais conhecidas no mundo, as rinhas de galo foram bem populares em Santa Cruz. A cidade tinha até um rinhadeiro (arena de lutas) público no antigo Parque da Fenaf (atual Oktoberfest).
Os combates, que já eram realizados na região antes da chegada dos imigrantes alemães, caíram no gosto de muitos colonos e se tornaram populares nas quermesses que ocorriam no interior. Em 1964, a Prefeitura construiu um amplo rinhadeiro no Parque da Fenaf e as lutas atraíam pessoas da região.
Nos anos 70, a estrutura foi doada à Sociedade Rinhadeiro Santa-cruzense e transferida para o Bairro Faxinal, onde funcionou até 2001. Existiam ainda arenas particulares no Centro, bem como nos bairros e no interior. Havia apreciadores das lutas em todas as classes sociais, e muitos apostavam alto. Até carros e terrenos eram disputados pelas esporas das aves.
Publicidade
A inclinação dos galos indianos para a luta é natural, mas o esporte é considerado uma crueldade pelos defensores das causas animais. O combate acaba quando um dos contendores desiste da briga. Se os dois se mantiverem firmes, após uma hora o juiz declara o empate.
Os combatentes são preparados com treinos físicos e alimentação especial. Também são tosadas as penas das pernas e sob as asas, para permitir a massagem com infusões. Ainda jovens, passam por “cirurgia” para a retirada da crista e peles soltas da cabeça. Era comum os músicos e poetas associarem a valentia do gaúcho com os galos de rinha, que não desistem da peleia.
Os combates foram proibidos em 1934, 1941 e 1961. Mas recursos jurídicos geravam vácuos na legislação e as lutas ocorriam livremente. Hoje, são consideradas crime ambiental. Mas, mesmo na ilegalidade, ainda não realizadas. Em Santa Cruz havia galistas tradicionais, que vendiam as aves para várias cidades do Estado.
Publicidade