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Revolução tecnológica

Quando eu escuto que a tecnologia vai determinar nosso futuro, confesso que fico assustada com as visões limitadas de pessoas importantes sobre a revolução do mundo. Revolução que por ora é digital, usa a tecnologia como ferramenta sem dúvida, mas tem forças motoras muito mais amplas do que a convergência de tecnologias físicas, biológicas e digitais. A era 4.0 é marcada por uma profunda revolução de cultura, consciência, estrutura planetária e tem como premissa a retomada de cuidados com o humano e sua relação evolutiva com o meio ambiente.

 Fomos acostumados a voar de forma rasa pela vida, sem muitos questionamentos. Inovar nos negócios está muito além de ter ideias, de adaptar o que existe ou de trabalhar em nome de mais produtividade. Os mantras de produtividade e eficiência adoeceram a raça humana e privilegiam um pequeno grupo. O convite atual é para que cuidemos melhor do que existe até que o novo tenha consistência. Tudo está sendo repaginado, e o que é novidade hoje se tornará comum amanhã.

Em tempos onde a liberdade ganha espaço, a responsabilidade é recrutada. Precisamos ter cuidado ao selecionar conteúdo e falar de coisas que desconhecemos, mesmo sendo especialistas no assunto. O futuro sempre será plural, imprevisível e desconhecido. É falta de responsabilidade e de ética anunciar futuros de forma rasa. Precisamos construir o futuro que desejamos juntos e usar a tecnologia como ferramenta para fazer isso de forma acelerada e até então impensada.

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Em 2019 viveremos o pós digital, o tempo de reputação moral de empresas, de transparência, de detox das redes. Estou entre as mulheres futuristas globais no 30 Top Trends de 2019, e em minhas tendências deste ano, mostro o que vem por aí na esfera de negócios e carreira, e como a sociedade construirá o que deseja e dispensará empresas e instituições que não mais atendem o mundo moderno.

No quesito alfabetização para o futuro, preocupa-me ver que ainda em 2019 muitos profissionais e grupos corporativos sequer entendem a linguagem digital. E pior, continuam imaginando que falar de planejamento estratégico, lucro, custo, gestão e melhorias é o suficiente para permanecer no jogo a partir de 2020.
O conhecimento da tradicional escola de administração não atravessa a ponte para o futuro! O idioma já é outro. Quanto antes aceitarmos essa realidade, mais possibilidades temos de acompanhar o fluxo de mudança e menos dor teremos para nos adaptar.

Mergulhe no estudo sobre o presente digital e o futuro exponencial. Esse assunto é urgente este ano. Temos o risco de construir um futuro sombrio se não despertamos agora, mas existe a possibilidade de construir um futuro bom para todas as pessoas. A obra já começou. Plugue-se neste movimento.

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