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DESDOBRAMENTOS

Revenda alvo de megaoperação movimentou até R$ 14 milhões em um ano

Foto: Bruno Pedry

Detido em imóvel de luxo, Dieike mantinha contato com dono dos estabelecimentos

A operação realizada pela Polícia Civil na última terça-feira, 25, segue causando desdobramentos. Com o processo contra a família do traficante Sapo já em andamento, as evidências da participação ilícita de outros membros do grupo criminoso começaram a vir à tona. Além do patriarca, foram alvo de mandados de prisão preventiva os filhos Dieike Andrigo de Mello, de 38 anos, e Deivid Andriel de Mello, o Dedê, de 31 (que já cumpria pena em Charqueadas).

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As esposas de Dieike, Sílvia Aparecida da Silva de Mello, de 41 anos, e de Deivid, Andressa Costa da Silva, 24, também foram capturadas na ofensiva. Mas um outro homem, que não possui relação familiar com esses cinco, igualmente acabou detido. Conforme a denúncia do Ministério Público (MP), Ezequiel Gabriel Vilante, vulgo Nenê, de 29 anos, é proprietário das empresas Nenê Veículos e Vilante Locadora de Veículos, que ficam na Rua Gustavo Bullow, Bairro Coronel Brito, em Venâncio Aires. Segundo a investigação da Polícia Civil e do MP, embora não tenha parentesco com a família de Sapo, Nenê é um importante membro do grupo, tendo exercido papel relevante nas ações da organização, principalmente nos últimos anos.

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A Gazeta do Sul teve acesso exclusivo a um relatório de análise de indicativos de lavagem de dinheiro da Divisão de Inteligência Financeira (DIF) da Polícia Civil. Para se ter uma ideia, somente em um ano, entre 9 de outubro de 2020 e 8 de outubro de 2021, a revenda Nenê Veículos movimentou R$ 14.197.254,00, entre créditos e débitos.

O capital social da empresa, por exemplo, é de apenas R$ 25 mil, tendo sido criada em 27 de março de 2019 e apresentado média anual de faturamento declarado de R$ 300 mil. Para o MP, fica claro que a movimentação bancária milionária apresentada nos relatórios do DIF não condiz com o capital social e o faturamento. Conforme a denúncia, os réus Dieike e Ezequiel passaram a lavar dinheiro do tráfico de drogas com as duas empresas, que foram sequestradas e estão à disposição da Justiça.

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