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VERA CRUZ

Réus do Caso Timm irão depor em audiência final

Foto: Cristiano Silva

Gilson CelmarTimm (no detalhe) foi assassinado no portão de sua fábrica de barcos

Um dos homicídios mais emblemáticos registrados em Vera Cruz nos últimos anos segue a passos lentos na esfera judiciária. No entanto, uma sessão marcada para os próximos dias deve finalmente encaminhar o processo. Trata-se do assassinato do empresário Gilson Celmar Timm, 43 anos, morto a tiros em 27 de junho de 2020, junto ao portão da fábrica de barcos da qual era proprietário em Linha Ferraz, no quilômetro 323 da RSC-153.

Quatro meses após o crime, o delegado Paulo César Schirrmann, então responsável pela Delegacia de Polícia (DP) de Vera Cruz, concluiu o inquérito e indiciou o filho da vítima, William Mateus Timm, 23 anos, e um amigo deste, Henrique Ellwanger, 22, por homicídio duplamente qualificado. Desde então, o processo tramita no Fórum de Vera Cruz. Em 14 de maio de 2021, o Ministério Público (MP) ofereceu denúncia contra a dupla.

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Porém optou por enquadrá-los no crime de homicídio simples, por entender que não estavam presentes os requisitos para a qualificadora de dissimulação. A última audiência aconteceu em 15 de julho de 2022. Durante a instrução probatória, os réus apresentaram suas defesas e ocorreram os depoimentos das pessoas arroladas pelas partes. Pelo MP, foram relacionadas nove testemunhas. Duas ainda não compareceram nas sessões e foram reinquiridas.

Para isso, a juíza Fernanda Rezende Spenner determinou nova audiência para 14h45 do dia 31 de janeiro, no Fórum de Vera Cruz. Depois que as testemunhas forem ouvidas, será feito o interrogatório dos réus, que marcará o fim da instrução. Após as razões finais das defesas, a magistrada decidirá se existem indícios de um crime doloso contra a vida e se irá proferir a chamada sentença de pronúncia, para que William e Henrique respondam pelo delito em sessão do Tribunal do Júri.

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Homicídio emblemático vai completar três anos em junho

Timm foi morto a tiros | Foto: Divulgação

Na época do inquérito policial, os dois acusados alegaram legítima defesa. Disseram que Henrique teria desarmado Gilson Celmar Timm e atirado nele com a arma da própria vítima, após o empresário ter iniciado uma luta corporal. No entanto, segundo o delegado Paulo César Schirrmann, as investigações, que contaram com 14 depoimentos, perícias técnicas e até exumação do corpo da vítima, apontam para outra versão.

Conforme o delegado, o empresário foi alvejado sem nenhuma chance de defesa e a motivação seria a grande desavença que havia entre Gilson e seu próprio filho. Segundo a Polícia Civil, Gilson Timm havia chamado os autores do crime para conversar na fábrica de barcos. Ele estaria desarmado, ao contrário do que os dois indiciados afirmaram aos investigadores.

De acordo com o inquérito, a arma utilizada no crime não pertencia a Gilson e ele não foi desarmado por ninguém. Na época, Schirrmann chamou de “fantasiosa” a tese de luta corporal e afirmou que, com base nas provas, foi possível concluir que os autores já foram ao local armados. Os tiros foram disparados por Henrique, tal qual já havia sido dito pelo próprio autor ao delegado. William Mateus Timm concedeu uma entrevista à Gazeta do Sul, veiculada na edição de 29 de agosto de 2020.

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Ele contou sua versão sobre os fatos da noite em que seu pai morreu. Na ocasião, ele e sua mãe falaram do relacionamento que tinham com a vítima. William atribuiu a Henrique o fato de estar vivo. “O Henrique foi meu anjo da guarda, porque ele me salvou naquele momento. Eu ia acabar morrendo naquela noite nas mãos do meu pai, pois jamais ia ter coragem de tirar a arma dele e matá-lo. Se não fosse ele a morrer aquele dia, com certeza seria eu ou a minha mãe”, disse o rapaz.

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