Os 14 réus da ação penal referente às fraudes no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) no Vale do Rio Pardo vão prestar depoimento em junho à Justiça Federal. Advogados que atuam no processo acreditam que a sentença possa sair ainda em 2023, quando completam-se nove anos desde que o escândalo veio à tona.
LEIA MAIS: Quem são os 14 denunciados pelo MPF no Caso Pronaf
Ajuizado pelo Ministério Público Federal em outubro de 2019, o processo tramita em segredo de Justiça junto à 7ª Vara Federal, em Porto Alegre. A fase de instrução, em que são colhidos os depoimentos, iniciou-se no primeiro semestre do ano passado, quando foram ouvidas as testemunhas de acusação. Já as oitivas das testemunhas de defesa encerraram-se na última quinta-feira. Ao todo, foram mais de cem depoimentos.
Publicidade
A Gazeta do Sul apurou que os interrogatórios dos réus estão marcados para começar no dia 26 de junho, quando falarão o ex-vereador de Santa Cruz e ex-coordenador do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) Wilson Rabuske e o ex-vereador de Sinimbu Maiquel Raenke, que também atuava no MPA. Entre os réus, estão ainda outras quatro pessoas ligadas ao MPA e oito servidores do Banco do Brasil. Os interrogatórios devem se encerrar no dia 29 daquele mês. Depois haverá a fase de alegações finais, que antecede a sentença. Ainda é incerto, porém, quando sairá o julgamento.
LEIA MAIS: Justiça começa a ouvir testemunhas de defesa no caso Pronaf
Os supostos crimes foram revelados pela Operação Colono, da Polícia Federal. Segundo o relatório final da investigação, concluída em 2015, recursos captados via financiamentos do Pronaf eram movimentados de contas bancárias de agricultores por pessoas ligadas à Associação Santacruzense de Pequenos Agricultores Camponeses (Aspac), entidade vinculada ao MPA.
Publicidade
A fraude, com a suposta colaboração de funcionários do Banco do Brasil, teria feito 5.744 vítimas na região, e os desvios chegariam a R$ 9,9 milhões. Os acusados respondem por crimes contra o sistema financeiro nacional, incluindo gestão fraudulenta de instituição financeira e violação de sigilo. O núcleo ligado ao MPA também responde por associação criminosa (antigo crime de formação de quadrilha). Em janeiro do ano passado, o juiz Guilherme Beltrame rejeitou o pedido de absolvição sumária de todos os réus.
Nos últimos anos, a Justiça recebeu uma avalanche de ações que cobram do Banco do Brasil a devolução dos valores desviados dos produtores. Parte dos processos já transitou em julgado e muitos agricultores receberam a indenização.
LEIA MAIS: Caso Pronaf: depoimentos serão retomados
Publicidade
LEIA AS ÚLTIMAS NOTÍCIAS DO PORTAL GAZ
Quer receber as principais notícias de Santa Cruz do Sul e região direto no seu celular? Entre na nossa comunidade no WhatsApp! O serviço é gratuito e fácil de usar. Basta CLICAR AQUI. Você também pode participar dos grupos de polícia, política, Santa Cruz e Vale do Rio Pardo 📲 Também temos um canal no Telegram! Para acessar, clique em: t.me/portal_gaz. Ainda não é assinante Gazeta? Clique aqui e faça sua assinatura agora!
Publicidade
This website uses cookies.