O Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) sediou nessa quinta-feira, 28, uma reunião para formalizar o encerramento da pré-inspeção do tabaco, safra 2022/23, uma das exigências do protocolo bilateral de comércio entre Brasil-China. O encontro ocorreu em formato híbrido, com a presença virtual dos técnicos da Administração Geral das Alfândegas da República da China (GACC).
O presidente do SindiTabaco, Iro Schünke, reforçou a importância da China para o setor de tabaco brasileiro. “A China é um dos nossos maiores importadores já há muitos anos. O Brasil tem exportado uma média de 500 mil toneladas por ano e a China aparece sempre entre os principais destinos. Estamos muito satisfeitos de chegar ao final de mais uma pré-inspeção com bons resultados. A expectativa é de que possamos evoluir nossos negócios com a China“, ressaltou Schünke.
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“A China é nosso mais importante parceiro comercial. Em 2022, foram mais de US$ 150 bilhões transacionados. No setor do tabaco, os embarques para a China iniciaram em 2005. A partir de 2008, iniciamos o monitoramento e em 2010 formalizamos o protocolo que vem fortalecendo o comércio de tabaco entre os dois países e que envolve setor público e privado com o objetivo de destinar um produto de qualidade fitossanitária. O setor é um exemplo na condução deste programa e sempre conseguiu demonstrar a rastreabilidade do processo e do produto. Desde o campo até a caixa que é exportada, a gente consegue rastrear a origem na eventualidade de encontrar uma inconformidade, algo que nunca aconteceu em todos esses anos de protocolo”, comentou o Chefe da Divisão de Programas Especiais de Exportação do Ministério da Agricultura de Brasília, Caio César Simão.
José Cleber de Souza, superintendente do MAPA RS, reforçou a importância de manter o olhar atento em torno do mercado. “A China é um parceiro relevante, assim como o tabaco, que ocupa uma posição de destaque do cenário gaúcho. A superintendência está atenta para prover todo o suporte necessário à manutenção e ampliação de mercados. Minha participação é no sentido de representar esse compromisso, que é também do ministro Carlos Fávaro e do governo, e de reconhecimento desta atividade que é muito relevante”, comentou.
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Como tem ocorrido nos últimos anos, em acordo com o GACC, o MAPA ficou encarregado da coleta das amostras de tabaco processado e envio à Central Analítica da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) para testes laboratoriais que comprovem a fitossanidade do produto antes do embarque. Roque Danieli, auditor fiscal e chefe do Serviço de Fiscalização de Insumos e Sanidade Vegetal do MAPA no RS, falou sobre as atividades da pré-inspeção.
“Durante essas três semanas, os representantes da GACC puderam acompanhar, em formato virtual, a execução do protocolo. Esperamos que a apresentação dos trabalhos esteja a contento e agradecemos o empenho das empresas no trabalho de monitoramento, garantindo um produto livre das pragas previstas dentro do protocolo. Também avaliamos o uso de defensivos e de boas práticas agrícolas e não encontramos inconformidades nas fiscalizações realizadas a campo, resultado direto do Sistema Integrado e do constante trabalho de atualização dos técnicos das empresas. Esperamos que sejam aprovados esses seis últimos lotes e vamos encaminhar ainda na próxima semana o relatório final”, comentou.
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Relatório preliminar é positivo
A responsável técnica do Laboratório da Central Analítica da Unisc, professora Adriana Dupont Schneider, detalhou as análises realizadas até o momento. “Este ano teremos um total de 53 lotes analisados, sendo 47 já aprovados e outros seis que serão avaliados após a reunião. As amostras são oriundas de oito empresas e todos os resultados foram negativos para as pragas que fazem parte do acordo entre Brasil e China”, atestou.
Segundo ela, o objetivo foi analisar e atestar a qualidade fitossanitária do tabaco para as nove pragas previstas no protocolo: seis insetos [sendo quatro tipos de besouros e dois tipos de pulgas], dois tipos de sorgos [plantas invasoras daninhas] e, por fim, o mofo azul. “Foram 17 dias de investigação e cada amostra, minuciosamente analisada, gerou um relatório de ensaio. Quanto ao mofo azul, deu-se atenção especial visto que é o patógeno de maior preocupação do governo chinês. Todas as amostras analisadas até o momento tiveram resultado negativo. São resultados que atestam e asseguram a qualidade fitossanitária do tabaco brasileiro a ser exportado para a China. Tenho acompanhado esse monitoramento há muitos anos e temos evoluído muito essa parceria, o que se reflete na confiança entre os dois países e consequente aumento do volume embarcado”, ressaltou em sua avaliação.
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O representante da GACC comentou que o resultado final da pré-inspeção dependerá da conclusão da análise das últimas amostras. Já o presidente da CTIB, Zhou Xinghua, está confiante com os resultados e aguarda que os trabalhos possam ser concluídos o mais brevemente possível.
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