Uma reunião de quatro horas realizada nesta quinta-feira, 15, entre integrantes da Liga Sul-Minas-Rio, definiu que a arbitragem será do quadro da CBF e as questões disciplinares serão resolvidas pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), órgão mantido pela entidade. A novidade é que a liga decidiu atender à reivindicação dos árbitros e irá pagar a eles 0,5% dos direitos de transmissão. As cinco datas ainda é motivo de impasse para o anúncio oficial da Primeira Liga.
“Foi praticamente um consenso de que será uma competição com a característica organizacional feita pela própria CBF, como é feito no Nordeste – as tarefas do Tribunal de Justiça e a arbitragem -, e o acerto de que não haverá nenhum conflito com o calendário nacional que já foi divulgado e também com as competições estaduais”, comentou o secretário-geral da CBF, Walter Feldman.
Apesar disso, o CEO da liga, Alexandre Kalil, descartou possibilidades da CBF ter direito a qualquer porcentual da receita que o novo torneio vier a gerar. “Não, não, não. Nós é que vamos vir aqui buscar (dinheiro). Se precisar, nós vamos é tomar da CBF. Eles não estão precisando, nós é que estamos precisando”, afirmou.
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Cinco entidades estaduais estão envolvidas com a liga, criada em 10 de setembro. A de Santa Catarina foi a única que apoiou o movimento dos clubes desde o início. As de Minas e Rio Grande do Sul já parecem conformadas com o novo produto. A do Paraná ainda oferece resistência. Quase todas temerosas de que os respectivos estaduais percam força.
A maior oposição à liga, no entanto, partiu da federação do Rio. Seu presidente, Rubens Lopes, pressionou várias vezes o mandatário da CBF, Marco Polo Del Nero, para que não avalizasse a entidade. Chegou a enviar para a confederação um documento assinado por 14 clubes da Série A do Carioca que protestavam contra a liga.
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