A sessão do Tribunal do Júri marcada para esta quinta-feira, 18, no Fórum de Santa Cruz do Sul, que realiza o julgamento dos dois réus restantes no chamado Caso Motocross, foi marcada por imprevistos. Além da sessão ter iniciado com quase uma hora de atraso, devido à falta de luz no Centro de Santa Cruz do Sul, o réu Renato Andrade Ferreira, de 36 anos, teve um infarto por volta das 5h50, enquanto se deslocava para o município. Ele foi internado no Hospital Mãe de Deus, em Porto Alegre, e não compareceu ao julgamento.
Devido a isso, o processo será cindido e, na sessão desta quinta, será julgado apenas Gabriel Nascimento da Luz, de 55 anos. A conduta de Renato será avaliada em um júri posterior, com data a ser marcada assim que revelada sua real situação de saúde. Segundo informações apuradas pela reportagem do Portal Gaz, a medida foi aceita pelo Ministério Público e pela defesa de Gabriel.
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Conforme a advogada Tatiana Borsa, que realiza a defesa de Renato, a situação ocorreu devido à obesidade mórbida do réu. Ela revela que, atualmente, ele pesa 210 quilos e precisa utilizar marca-passo. Os comprovantes da baixa foram reunidos pela defesa.
Agora, ela acompanha a oitiva das testemunhas, junto a outros dois advogados. “Vamos ver o que vai acontecer, aguardar que o Renato se recupere para que a gente possa realmente fazer justiça e ele seja absolvido deste caso”, declarou em entrevista à Rádio Gazeta FM 107,9.
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Caso emblemático
O júri desta quinta-feira trata do chamado Caso Motocross, registrado na noite de 23 de setembro de 2019, na Rua Walder Rude Kipper, no Loteamento Motocross, Bairro Arroio Grande. Na ocasião, Tiago Aliandro Kohlrausch, de 30 anos, morreu com quatro disparos de pistola calibre 380, efetuados por matadores de aluguel, na garagem de sua própria casa.
Renato e a companheira dele na época, Patrícia D’Ávila da Luz, hoje com 24 anos, foram indiciados pela 2ª Delegacia de Polícia (2ª DP) por homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, emprego de meio cruel e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima). Patrícia é mãe do único filho de Tiago, que tinha 1 ano e 5 meses na época. Conforme o delegado Alessander Zucuni Garcia, a mulher e o padrasto da criança planejaram e coordenaram o assassinato para afastar o pai biológico do filho. Já Gabriel, tio de Patrícia, seria o dono do veículo usado pelos executores.
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