Em clima de fim de ano – e animação pela chegada de 2024 -, relembramos no Portal Gaz as reportagens que marcaram 2023, seja pela relevância ou curiosidade do assunto. Entre as matérias mais lidas, a natureza teve surpreendente participação. E em dose dupla! O aparecimento de larvas em Santa Cruz do Sul e um inusitado formato do ninho de um João-de-Barro estão entre os links mais acessados do Gaz durante o ano.
A primeira reportagem foi publicada em agosto, quando diversos leitores relataram o aparecimento de bolos de larvas escuras, chamando a atenção e até preocupando a população. À época, conversamos com o biólogo do Departamento de Ciências da Vida da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), Andreas Köhler, que explicou a origem e risco dos bichos vistos na natureza e até nas calçadas.
Já a segunda matéria, cuja repercussão chamou atenção, foi publicada em outubro. O ninho incomum de João-de-Barro foi encontrado em Linha Capão Grande, interior de Venâncio Aires. A peculiaridade era de que a porta de entrada do abrigo não havia sido construída na lateral da moradia, mas no topo. Normalmente, o acesso fica na direção contrária ao vento e à chuva, diferente desta. Novamente o biólogo Andreas Köhler detalhou a situação: “É esquisito, com certeza”.
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O aparecimento de bolos de larvas escuras chamou a atenção em Santa Cruz no começo de agosto. Elas eram vistas, principalmente, em deslocamento por gramados e calçadas. O biólogo Andreas Köhler revelou, à época, que se tratam de larvas de vespas, também conhecidas como mata-porcos, bicho da chuva ou lagarta-preta, que se reproduzem durante os períodos chuvosos.
Segundo ele, o deslocamento em grupo é para evitar a ação de predadores, principalmente nos períodos de migração. O nome popular mata-porcos se deve ao fato dessas larvas ficarem sob folhagens ou entre o pasto. Isso aumenta o risco para animais que se alimentam de plantas. Se houver a ingestão das larvas, suínos ou bovinos podem ter mudanças bruscas de comportamento e mal-estar. Se o quadro não for identificado a tempo, os animais podem morrer em até 2 dias.
A reportagem teve grande repercussão e acessos, assim como o vídeo publicado no Instagram do Gaz. O reels teve 54,7 mil visualizações em pouco tempo, chamando atenção com imagens das larvas.
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O agricultor Guilherme Jessof, morador de Linha Capão Grande, se deparou em outubro com uma casa de joão-de-barro em uma cerca. Apesar de a presença da ave ser bastante comum na região, o abrigo chamou a sua atenção pela porta de entrada ter sido construída no topo. Andreas Köhler confirmou que o formato foge ao padrão das construções feitas pelo joão-de-barro.
Para o professor, o fato de a entrada estar no topo indica que a obra pode ter sido feita por um macho mais novo, sem experiência para erguer uma casa da maneira correta. O bichinho pode ter ficado até sem companheira: conforme o professor, a fêmea, exigente, não costuma ficar satisfeita quando o resultado dá errado, colocando o companheiro em uma situação delicada. “Duvido que ela tenha aceitado o ninho para chocar os ovos na chuva. E, quando não aceita, tem duas opções: ou faz uma casa nova que agrade a fêmea ou ela vai procurar outro companheiro”, explicou, na época.
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