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Retorno das aulas presenciais segue sem definição

A novela do retorno das aulas presenciais nas escolas da rede estadual de Santa Cruz do Sul ganhou mais um capítulo nessa terça-feira, 17. Após cederem o espaço para a montagem das seções eleitorais no último domingo, a intenção dos diretores era receber os alunos ainda nesta semana; contudo, a indefinição sobre quem será designado para aferir a temperatura na portaria das escolas pode impedir e adiar, mais uma vez, o retorno.

Conforme Janaína Venzon, diretora da Escola Ernesto Alves, os diretores não podem designar um professor ou servidor da instituição para aferir as temperaturas, pois isso seria desvio da função para a qual eles são concursados ou contratados, além de os colocar em situação de risco. “Nós estamos questionando a 6ª Coordenadoria Regional de Educação já há bastante tempo para ver quem será a pessoa que vai fazer esse tipo de trabalho. Eles até agora não deram retorno”, afirma. A preocupação de Janaína é com a falta de respaldo da 6ª CRE, o que pode acarretar em processos judiciais e responsabilização dos diretores no futuro. Diante dessa indefinição, as aulas na Ernesto Alves, previstas para voltar nesta quinta-feira, 19, estão novamente adiadas, apesar da organização estar concluída.

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Na Escola Willy Carlos Fröhlich, o Polivalente, a situação é semelhante. Contudo, o impasse não deve atrasar o retorno. Conforme o diretor Gerson Kist, as aulas para o Ensino Médio e Técnico devem voltar na próxima segunda-feira. “A nossa exigência era que eles (a CRE) nos dissessem que tipo de funcionário podemos designar. Queríamos isso por escrito, mas não aconteceu”, relata. Ainda segundo Gerson, a orientação da CRE é que é possível, em situação de emergência, mudar um servidor de função. “A questão agora é que trata-se de colocar o funcionário em situação de risco, então é diferente”, frisa, acrescentando a necessidade desse respaldo. Ainda assim, para não adiar novamente o retorno, ele próprio e os vice-diretores vão exercer essa função provisoriamente.

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O responsável pela 6ª CRE, Luiz Ricardo Pinho de Moura, afirma que a coordenadoria repassou aos diretores todas as orientações necessárias e reforçou que não há servidor concursado para essa função. “Não existe esse profissional aferidor de temperatura. É uma excepcionalidade, uma pandemia onde todos estão se ajudando, colaborando. Nesse momento estamos fazendo o gerenciamento com os recursos que temos”. Ele diz que esse remanejamento cabe, sim, aos diretores e pode ser um funcionário da limpeza ou das bibliotecas, que estão fechadas. Ainda de acordo com Moura, o número de estudantes que retorna é reduzido e, com isso, o servidor teria que dedicar poucos minutos de seu tempo para a atividade, não caracterizando desvio de função.

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