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Polêmicas

Reta final da gestão de Telmo foi marcada por turbulências

De perfil combativo, Telmo Kirst teve a metade final de sua administração marcada por confrontos e rompimentos com antigos aliados. Em março de 2019, a vice-prefeita Helena Hermany foi ao Ministério Público alegando ter sido expulsa de seu gabinete pelo prefeito. O episódio implodiu uma relação política e pessoal de décadas e rendeu a Telmo uma condenação judicial. Também foi o estopim de sua saída do PP e filiação ao PSD, em julho daquele ano.

Com a eleição de 2020 em vista e determinado a liderar o processo de sucessão, Telmo afastou siglas que o acompanhavam desde o primeiro mandato – como MDB, PDT e PSDB – e passou a formar um grupo de partidos menores. Porém, o racha acabou por enfraquecê-lo e, apesar dos elevados índices de aprovação da gestão, a candidata a prefeita apoiada por ele, Jaqueline Marques (PSD), terminou em quinto lugar na votação de 15 de novembro. Embora já estivesse com a saúde debilitada, Telmo chegou a aparecer em diversos programas de TV da campanha. “Quem é Telmo vota Jaque”, dizia. Foram as suas últimas aparições públicas.

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Conhecido por declarações fortes e implacável com adversários, Telmo Kirst colecionou embates nos últimos anos. Logo após sair do PP, disse que o vereador Edmar Hermany (PP), líder de seu governo na Câmara durante vários anos, foi “o pior prefeito da história de Santa Cruz” e chamou o presidente do PP, Henrique Hermany, de “picolézinho de chuchu sem currículo e sem biografia”. Outro momento bélico foi em dezembro do ano passado, quando acusou o promotor de Defesa Comunitária, Érico Barin, que investigava uma possível fraude em licitações do município, de “midiático, injusto e prejulgador nas suas declarações”. “Senhor promotor, quem o senhor pensa que é”, disparou na ocasião, ao vivo na Rádio Gazeta.

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Outra passagem polêmica se deu em 2018, quando Telmo apresentou à Câmara o projeto da chamada Lei dos Vales, que retirou dos servidores municipais o direito a auxílio-alimentação nas férias e sempre que faltam ao trabalho, inclusive com atestado. A matéria gerou forte reação e esfriou a relação dele com o funcionalismo, que havia sido determinante para as suas vitórias em 2012 e 2016.

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