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Resultado das vendas de Natal deve ficar abaixo do previsto em Santa Cruz

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O desempenho do comércio santa-cruzense no período de Natal deve ficar abaixo do esperado. Embora ainda não tenham sido divulgados números oficiais, o Sindicato do Comércio Varejista de Santa Cruz do Sul e Região (Sindilojas-VRP) e o Sindicato dos Comerciários apresentaram uma análise prévia em relação à data.

Conforme o presidente do Sindilojas-VPR, Mauro Spode, foi possível notar uma ampliação nas atividades das lojas de modo geral. Esse aumento foi constatado com base nas operações efetuadas durante a última semana, impulsionadas, sobretudo, pelo pagamento da segunda parcela do 13º salário. Entre os setores com maior destaque estão os de brinquedos, vestuário, calçados, perfumaria e bazar.

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Porém, alguns estabelecimentos registraram um movimento menor do que o projetado. O dirigente espera o fechamento das vendas por parte dos lojistas para apresentar um balanço mais preciso. “Estamos aguardando a análise final, para aí sim fazer um balanço preciso do Natal”, frisou.

Na percepção do presidente do Sindicato dos Comerciários, Afonso Schwengber, o sentimento dos comerciantes é de um recuo nos negócios quando comparado ao mesmo período do ano passado. Segundo ele, a redução pode superar os 10% em relação ao previsto. Para o sindicalista, isso seria reflexo da polêmica envolvendo o horário de atendimento no Natal, que gerou manifestações contrárias ao acordo estabelecido entre os sindicatos e as lojas.

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Ele diz que o impasse em torno do tema confundiu os consumidores. “Tivemos esse movimento que prejudicou as vendas. Entendo que isso foi o grande fator. Em outras cidades da nossa região, isso não aconteceu e eles tiveram as vendas acrescidas em quase 10%, enquanto em Santa Cruz vamos ter uma diminuição superior a esse percentual”, afirmou.

Custos para os lojistas aumentaram em 2023

Ainda que não se trate de um balanço final, a percepção dos estabelecimentos localizados na região central de Santa Cruz do Sul é de um resultado aquém do esperado. “Na verdade, empatou com o ano passado”, avaliou a gerente da loja Dullius, Carina Micheli da Silva. Embora o valor das vendas tenha aumentado, foi inferior à alta dos custos. “Não foi positivo, até porque tudo hoje está mais caro. Teríamos que apresentar um crescimento junto com a economia, porque o preço de tudo subiu.”

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Para ela, a instabilidade climática foi um entrave para o setor ao longo de 2023. “Tivemos calor no inverno, frio no verão, muita chuva, tudo isso atrapalhou o ano todo”, constatou. 

O mês de dezembro começou com pouco movimento. Na semana que antecedeu o Natal, com o horário estendido, a movimentação aumentou na loja. Durante o período, os produtos mais procurados foram as baby looks, vestidos, além de camisetas e bermudas para o público masculino. De acordo com Carina, as atrações da Christkindfest, entre elas o desfile, e a ampliação do atendimento foram positivas para o estabelecimento.

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A gerente da Joalheria e Ótica Kothe, Luana Kessler, observou uma baixa no valor das vendas em comparação ao ano passado, mesmo com uma quantidade grande de compras. “Tivemos muito movimento todos os dias, boas vendas, mas foram presentes de menor valor.” Entre os objetos mais adquiridos estiveram as joias folheadas e os relógios de menor custo. 

Na visão dela, o ano poderia ter sido melhor. “Tivemos meses com vendas e valores muito bons. E aí tínhamos essa expectativa para o Natal, mas aí foi inferior”, estimou.

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Apesar de elogiar a programação da Christkindfest, Luana notou a ausência de mais decoração em torno da Praça Getúlio Vargas. “A cidade está muito linda, o Centro muito bem decorado, mas os lojistas das duas quadras sentiram a falta de investimento na decoração da praça, que sempre foi muito forte”, concluiu.

Saiba mais

O horário especial de atendimento durante o período que antecedeu o Natal virou motivo de polêmica em Santa Cruz do Sul. O acordo firmado entre os representantes do comércio varejista (Sindilojas) e dos trabalhadores (Sindicato dos Comerciários) gerou insatisfação por ser válido somente aos associados às entidades e pela escolha por não abrir as portas no domingo, 17. Em assembleia, foi acordado que as lojas iriam funcionar durante o dia 24.

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A controvérsia levou a Câmara de Vereadores a realizar uma reunião com um grupo de comerciantes descontentes. Os sindicatos não compareceram ao encontro, afirmando que o assunto já havia sido definido em acordo, conforme a legislação. Diante dos fatos apresentados na ocasião, a presidente do legislativo, Bruna Molz (Republicanos), definiu a emissão da ata da reunião para o Ministério Público do Trabalho e aos sindicatos.

Para o presidente do Sindicato dos Comerciários, Afonso Schwengber, os lojistas deveriam respeitar e valorizar as entidades, que discutiam o formato meses antes. Reforçou também as penalidades para aqueles que descumprirem o acordo. “Quem abriu no dia 17 vai pagar multa porque estava muito claro no acordo assinado”, afirmou.

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