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RIO PARDO

Restauro da estação pode ter início ainda neste ano

Foto: Cléber Nascimento

Prédio está abandonado desde 2017 e em abril de 2020 foi atingido por um incêndio que resultou na destruição do pavimento superior

O restauro da Estação Ferroviária Rio Pardo pode começar ainda neste semestre, após sete anos de abandono do imóvel. Pelo menos essa perspectiva ficou após reunião recente de representantes do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), gestor da edificação. A Gazeta do Sul obteve a informação com a Coordenação-Geral de Comunicação Institucional do Iphan (CGCOM) nesta semana.

O Iphan é responsável pelo trabalho de elaboração do projeto para restauração dos imóveis. A assessoria do instituto informou que o plano de restauro e intervenções na estação está em fase de conclusão. No momento, restam ainda complementações do projeto estrutural. No entanto, em função das enchentes de maio, haverá visita técnica ao imóvel para verificar eventual agravamento de danos já verificados, os quais poderão influenciar em alguma atualização do estudo. A previsão é realizar essa visita dentro de 15 dias.

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A CGCOM informou que o Iphan tem o compromisso de realizar os projetos. Assim que concluídos, eles serão entregues ao Dnit, gestor da edificação, a quem caberá instruir o processo de contratação das obras de execução do restauro. A destinação da edificação após a recuperação deve ser definida pelo Dnit.

No início de outubro de 2022, as arquitetas Tathyane Sangalli e Fernanda Gonçalves, da empresa TS2 Arquitetura e Construções Ltda., de Campo Grande (MS), contratada pelo Iphan para elaboração do projeto arquitetônico e complementares, realizaram um estudo técnico na antiga Estação Ferroviária e no antigo Armazém de Rio Pardo (localizados na Praça Arthur Rezende, no Bairro São João), com um levantamento sobre as condições de cada prédio.

Em relação à Estação Férrea de Ramiz Galvão, a restauração havia sido suspensa pela Justiça. Em 14 de julho de 2022, o desembargador Luís Alberto d’Azevedo Aurvalle, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), suspendeu liminarmente a sentença que determinava ao Iphan a restauração do prédio em um ano e meio.

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A estação de Rio Pardo foi inaugurada em 1883 pela Viação Férrea do Rio Grande do Sul e fazia parte do trajeto que ia de Porto Alegre a Uruguaiana, na fronteira com a Argentina. Funcionou até 1996, quando os trens de passageiros pararam de operar no Estado.

Em 2005, a América Latina Logística (ALL), então concessionária da rede ferroviária, investiu quase R$ 83 mil na reforma da edificação, com contrapartida de R$ 3,2 mil da Prefeitura. Outra melhoria ocorreu em 2009, quando o prédio foi preparado para receber a Secretaria Municipal de Turismo e Cultura, que ficou no local até 2014.

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Para recordar

A Estação Ferroviária Rio Pardo foi incluída pelo Iphan na Lista do Patrimônio Cultural Ferroviário em 2007 e tombada pelo Município de Rio Pardo em 2005. Desde a desocupação pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, em 2017, a edificação histórica encontra-se abandonada. Em abril de 2020, um incêndio atingiu o imóvel e destruiu o pavimento superior.

No final de 2021, o Ministério Público Federal (MPF), por meio de ação civil pública, obteve sentença favorável para a preservação da Estação Férrea de Rio Pardo. A decisão determinou que o Iphan elabore um projeto de restauração da edificação e do armazém anexo. Depois disso, a execução das obras, custeadas pela União, caberia ao Dnit e ao Município de Rio Pardo.

Até o fim de 2016, o prédio era utilizado pela banda municipal, que teve de desocupá-lo após o encerramento da concessão do Dnit à Prefeitura. Desde então, a antiga estação ficou abandonada e foi tomada por desabrigados e usuários de drogas. Com a ação do tempo e dos vândalos, bem como a falta de manutenção, houve um incêndio que destruiu o telhado e o terceiro andar. Desde então, a estrutura está abandonada.

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