Com seis meses de pandemia e medidas de distanciamento social, um dos segmentos mais afetados foi o dos restaurantes. Em Santa Cruz do Sul, muitos estabelecimentos permaneceram fechados, atendendo apenas em formato delivery, e mesmo no retorno ainda enfrentam dificuldades para cumprir todas as restrições, lidar com a queda no movimento e recentemente enfrentar até mesmo o aumento do custo dos alimentos e do gás.
A proprietária do Restaurante Rancho Grande, Eloisa Teresinha Frantz, conta que o local ficou fechado durante 30 dias e teve uma queda no movimento de cerca de 70% em relação ao período antes da pandemia. “Tivemos que repassar mesas e adequar o bufê, mas não fizemos investimentos, já utilizávamos álcool gel.”
A equipe aumentou os cuidados, com uso de máscaras, luvas e outras medidas para proteger clientes e funcionários.Apesar de ter reduzido o pessoal, com demissões durante o período, a proprietária percebe uma reação no movimento, que aumenta gradualmente. No entanto, a alta nos preços de alimentos básicos preocupa.
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“Esses aumentos abusivos estão me deixando muito preocupada, pois não podemos passar para o cliente nesse momento crítico, muitos estão em situação pior que a nossa. Temos que reabrir o bufê urgente, caso contrário a situação vai ficar cada dia pior”, desabafa.
As medidas de proteção também já fazem parte da rotina no Subway Santa Cruz, segundo o proprietário José Carlos Marques. No início da pandemia, o local trabalhou com as portas fechadas em modalidade pague e leve e com entregas. “Temos uma lenta recuperação e hoje estamos com um percentual de 60% de vendas em relação ao ano passado. A equipe foi reduzida em 50%.”
Entre as mudanças no restaurante, metade das mesas foi removida para garantir um distanciamento de pelo menos 2 metros, o uso de máscaras é obrigatório para funcionários e clientes e o piso foi demarcado com adesivos indicando a distância a ser mantida. “Aumentamos a frequência de higienização do restaurante, colocamos álcool gel em todos os pontos para o cliente entrar com segurança e todos os funcionários tiveram que fazer um curso dentro da Universidade Subway sobre a pandemia”, conta.
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Formas de lidar com queda no movimento
No Restaurante Thomas uma das alternativas para lidar com a queda do movimento foi oferecer serviço de marmitas e congelados. “Tivemos uma queda no movimento dos clientes que vinham até o restaurante para almoçar, porém começamos a servir as marmitas e comidas congeladas para tentar chegar ao número de pessoas servidas antes da pandemia.
Houve uma queda de 30% no movimento comparado ao período anterior”, relata o proprietário Erni Inácio Thomas.Para reabrir o restaurante foram necessárias mudanças no espaçamento das mesas, álcool em gel e limpeza mais frequente do ambiente, balcão e maçanetas das portas. “Mantemos as janelas e portas sempre abertas para arejar o ambiente, colocamos cartazes explicativos e demarcamos o local da fila do caixa.”
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Conforme o proprietário, até o momento se preferiu manter o serviço à la carte, sem abrir o bufê, e todos os funcionários utilizam máscara e lavam as mãos com frequência. Mesmo precisando reduzir a equipe de trabalho em 20% por conta da queda do movimento, o restaurante não pretende aumentar o valor das refeições em função da alta nos alimentos.
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