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Responsável francês por investigação não descarta falha mecânica no Airbus

O responsável pela investigação francesa sobre o acidente com o avião da Germanwings não descarta a possibilidade de uma falha do aparelho ou outras hipóteses, apesar de a investigação se concentrar no papel e na personalidade do copiloto.

“Embora seja necessário estabelecer prioridades em uma investigação, de forma a incluir o máximo de possibilidades, não temos o direito de excluir outros cenários, incluindo a mecânica, até porque não ficou demonstrado que o aparelho não apresentava alguma dificuldade”, disse o general Jean-Pierre Michel.

Michel mudou-se para Düsseldorf para liderar a missão conjunta com a polícia alemã. Ele disse que não tem ainda todos os elementos técnicos sobre o acidente, destacando que a análise da segunda caixa-preta, se ela chegar a ser encontrada, será particularmente esclarecedora.

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A análise da gravação dos sons da cabine de comando do avião da Germanwings, que caiu nos Alpes franceses na terça-feira, 24, concluiu que o piloto se ausentou da cabine, provavelmente para ir ao banheiro, e foi impedido de voltar a entrar pelo copiloto, que bloqueou a porta.

Nesse período, o copiloto acionou deliberadamente o processo de descida do avião, ignorando as pancadas na porta, as tentativas de comunicação da torre de controle e os alarmes do próprio aparelho.

O avião acabou por bater em uma montanha, matando os 144 passageiros e seis tripulantes a bordo. “O avião pertencia a uma companhia alemã e transportava certo número de vítimas alemãs, por isso a polícia alemã é diretamente afetada”, disse Michel. Ele assegurou que a França vai colaborar com os trabalhos com total transparência.

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Toda a informação que a França reunir, acrescentou o general, será transmitida à Alemanha e vice-versa. Segundo ele, a cooperação permitirá ajustar a investigação conjunta, com base nas informações disponíveis.

“A dificuldade está principalmente em saber a razão pela qual o avião caiu, as condições em que isso ocorreu e dar uma resposta às famílias”, disse o general, que está em Düsseldorf com dois especialistas franceses. Ele informou que permanecerá na Alemanha o tempo necessário.

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