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TCE ESCLARECE

Responsabilidade fiscal: 24 anos de avanços nas finanças públicas brasileiras

Por Leonardo Jorge Victor Nascente Ferreira
Auditor de controle externo

A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), inspirada em modelos internacionais e sancionada em 2000, é um marco na administração pública brasileira, criada para garantir o equilíbrio fiscal e a transparência na gestão dos recursos públicos. A origem da LRF está diretamente relacionada à necessidade de combater o endividamento descontrolado que marcou a administração pública brasileira por décadas, levando a crises fiscais e desequilíbrio financeiro em muitos estados e municípios.

Um dos principais avanços trazidos pela LRF é o controle dos gastos com pessoal, limitando a folha de pagamento a 60% da receita corrente líquida. Essa medida evita que despesas permanentes comprometam os investimentos essenciais. Além disso, a LRF controla rigorosamente o endividamento público, estabelecendo limites para que os governos não se endividem além da sua capacidade de pagamento, protegendo o Estado de crises financeiras.

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No âmbito da arrecadação, a LRF exige que os gestores públicos arrecadem todos os tributos previstos em lei, mesmo que a cobrança de impostos seja uma medida impopular. Isso garante que os recursos necessários para o funcionamento do Estado sejam obtidos de forma responsável e conforme a legislação, evitando a criação de déficits fiscais descontrolados.

A transparência é outro ponto crucial da LRF, que exige a publicação periódica de relatórios de gestão fiscal, acessíveis ao público de forma digital. Essa transparência fortalece a fiscalização, aumenta a confiança da população nas instituições públicas e permite maior controle social sobre o uso dos recursos. O acesso público a essas informações torna os gestores mais responsáveis e reduz a margem para desvios.

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Em anos eleitorais, a LRF impõe, dentre outras medidas, restrições ao aumento de despesas nos 180 dias finais do mandato dos governantes, evitando que medidas irresponsáveis sejam adotadas por interesses eleitorais.

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O descumprimento da LRF resulta em sanções institucionais, como bloqueio de transferências voluntárias, além de sanções pessoais aos gestores, como multas e até prisão. Isso reforça a responsabilidade individual dos gestores na condução das contas públicas.

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Ao longo de 24 anos, a LRF transformou a administração pública brasileira e promoveu responsabilidade, transparência e eficiência, objetivando que os recursos dos contribuintes sejam geridos com prudência. Ela se consolidou como um pilar fundamental para o desenvolvimento econômico sustentável do Brasil, sem inflação e sem endividamento excessivo.

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