O cenário de incertezas gerado pela pandemia complicou a vida financeira de muita gente. Com a alta em vários produtos, ficou ainda mais difícil guardar dinheiro e, consequentemente, muitos brasileiros começaram 2022 no vermelho. O início do ano costuma ser de gastos elevados com o pagamento de tributos, como IPTU e IPVA, além da compra de material escolar. Mas também é um bom momento para colocar em prática algumas dicas que podem ajudar a organizar as finanças.
Com as contas em dia, é possível iniciar uma reserva estratégica, a ser usada para enfrentar imprevistos como a perda do emprego ou despesas extras, tais como conserto do carro e doenças. Formado em Ciências Contábeis e educador financeiro pela DSOP – Educação Financeira, o santa-cruzense Francisco Teloeken acredita que há um aumento do interesse das pessoas em melhorar as finanças. “Muitos já vinham tendo dificuldades financeiras, e a pandemia só piorou. Mas hoje existem muitas fontes para se instruir sobre esse tema, em livros, sites, palestras e cursos”, ressalta.
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No entanto, ainda que exista a busca pela educação financeira, isso não se traduz na melhor condução das finanças, a julgar pelo alto índice de endividados e inadimplentes no País. Colunista do Portal Gaz, onde mantém a página Falando em Dinheiro, Teloeken comenta que muitas empresas estão investindo em workshops e formações para os funcionários, porque entenderam que o absenteísmo – estar presente com o corpo, mas com a mente ocupada em como resolver problemas financeiros – é um fator de quebra na produtividade.
Quando o salário é mensal, o mais comum para as pessoas é pagar primeiro todos os gastos fixos. Em seguida, partir para os gastos flexíveis e, por último, se sobrar, os investimentos no futuro. Mas a lógica ideal é exatamente a inversa: investir deve estar em primeiro lugar. Afinal, caso ocorram imprevistos, a pessoa não será pega de surpresa e já terá uma reserva emergencial.
É o famoso “pague-se primeiro”, com o valor a ser investido ou guardado já previsto. Além da reserva, entram nessa organização as prestações de dívidas já assumidas, valores para realização de sonhos e aportes para a aposentadoria privada. O valor da reserva deve suportar o custo de sonhos, prestações e aposentadorias, além dos gastos de seis meses a um ano. Isso porque, se a pessoa ficar desempregada, por exemplo, poderá manter os pagamentos em dia.
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O dinheiro guardado pode ser aplicado em algum produto financeiro, como poupança, Tesouro Direto, CDB, fundos de investimentos ou ações, dependendo da finalidade. Mas o valor previsto para reserva estratégica deve ficar numa aplicação mais conversadora, em que o dinheiro está disponível imediatamente, como a poupança ou o fundo de investimento. Já para a aposentadoria, uma parte pode ser aplicada em ações, pois a utilização do dinheiro será em um horizonte mais longínquo.
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