A chuva dos últimos dias evidenciou ainda mais um problema na RSC-287: os buracos. Quem passa pela rodovia precisa ter atenção redobrada ao desviar ou passar por cima das fissuras. Por enquanto, a Rota de Santa Maria está realizando uma operação tapa-buracos. No entanto, a concessionária promete começar, em 20 dias, o reparo total do trecho.
Esta reforma deve se estender até 2023, que é quando a Rota de Santa Maria começa, efetivamente, o trabalho de recuperação da estrada. “O primeiro ano é o de trabalhos iniciais que são os que estão sendo feitos. São melhorias de curto prazo, mas terão duração até quando formos fazer os consertos maiores”, explica o diretor-geral da Rota de Santa Maria, Renato Bortoletti, em entrevista à Rádio Gazeta 107,9 FM.
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Ele comenta que a concessionária tem recebido diversas reclamações por meio da ouvidoria. “Lá conseguimos sentir as reclamações e tomar uma atitude”. Segundo ele, o que ocorre é que o material colocado antes da empresa assumir se dissolveu muito rápido com o calor, principalmente no trecho entre Tabaí até perto de Candelária. “A chuva fissura o asfalto e o buraco aparece. Neste reparo que faremos em seguida é feita uma raspagem no pavimento e colocada massa quente, que tem duração maior, diferente da massa fria que é usada nas operações tapa-buraco”.
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Para que se mantenha a qualidade do asfalto, Bortoletti fala que neste primeiro ano foi tirada uma amostra do material existente no pavimento e das jazidas da região. Depois, foi feito um ensaio para que a mistura correta seja aplicada. Um veículo com uma espécie de ultrassom circula pela via. “Costumo dizer que a empresa não deve pagar por um retrabalho de algo que ela fez. Tem que ser bem feito para não dar prejuízos. É um estudo amplo do pavimento que estamos fazendo para que esta próxima etapa tenha uma vida útil de até dois anos, pois em 2023 faremos as intervenções mais bruscas.”
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A partir destas intervenções, a expectativa é de que o asfalto tenha uma vida útil de 10 anos com realização também da troca da base da rodovia e colocação de sistema de drenagem, quando necessário. “Não quer dizer que neste tempo não apareçam alguns buracos, mas nos primeiros cinco anos não deve ter. Com exceção de intercorrências como tubulação que estoura, por exemplo. É como se fosse uma mistura de bolo, tem que ser tudo bem estudado e seguir a receita”.
Além do material ruim e calor excessivo, Bortoletti diz que a degradação da rodovia também ocorre por causa do excesso de peso nos caminhões. A RSC-287 não tem pesagem o que, segundo ele, contribui para o excesso de peso de forma desiquilibrada. Atualmente, a rodovia tem limite de peso bruto total abaixo de 30 toneladas. “A ideia é colocar, nos próximos meses, mas ainda sem uma data certa, balanças móveis, para se fazer um primeiro diagnóstico da situação. Isso será em parceria com a Polícia Rodoviária Estadual.”
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No estudo, será possível saber quais veículos excedem o peso, se é bruto ou por eixo. “Isso será passado para a mistura do asfalto para que o pavimento absorva esse sobrepeso. E também permitir que a polícia possa coibir isso”. Ainda, ele diz que se estuda antecipar a construção de duas balanças na rodovia, em sentidos opostos. “Isso está previsto para o terceiro ano, mas estamos analisando. Os locais ainda não foram definidos, mas estão sendo feitas análises”.
Colaborou o jornalista Ronaldo Falkenback
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