Há exatamente um ano, o cantor e compositor santa-cruzense Renato Sperb subia ao palco do Teatro Espaço Camarim para apresentar as canções do, então, seu novo disco (o segundo solo), Dança dos Sentidos. Um projeto absolutamente autoral e inédito na região, pois que veio acompanhado de um livro, lançado pela Editora Gazeta, com as letras das músicas mais o incremento de outros poemas, inéditos, frutos da porção poeta do Renato. E um poeta dos bons, com o selo da alta qualidade, como tudo o que faz este nosso inquieto e criativo artista. O cantor ficou conhecido principalmente por seu desempenho à frente da banda Íris Ativa, uma das pioneiras no rock produzido em Santa Cruz do Sul.
Pois o Renato está de volta ao Camarim – nesta quinta-feira, 18, a partir das 20 horas – e para um show, segundo ele, bem diferente daquele do ano passado. “No lançamento do CD/livro, o set list era exatamente as músicas do CD. Para o show de hoje, misturamos algumas do CD com algumas que tiveram apenas as letras no livro.” Entre outras novidades estão as participações da Camerata Santa Cruz Filarmonia, dos guitarristas Killy Freitas e Miguel Beckenkamp, e do trombonista Heberson Reis. “O show ficou mais dinâmico”, comentou Renato, que estará acompanhado ainda por Vicão Marmitt, no baixo; Rodrigo Sperb, na bateria; e Juliana Roehrs, no violoncelo. Juntos eles formam a banda Lyrica. Os ingressos custam R$ 15,00 e o Dança dos Sentidos, CD e livro, estará à venda no local por R$ 30,00. Apoio cultural da Secretaria Municipal de Educação e Cultura (Smec).
O cantor está contente com o resultado obtido com este seu trabalho mais recente. “Tivemos uma boa procura de livros e a oportunidade de mostrar o disco em vários lugares, como, por exemplo, a Casa de Cultura Mario Quintana, em Porto Alegre.” Sobre um novo projeto, ele disse que, para concluir o Dança dos Sentidos, foi obrigado a “dar um tempo” nas gravações de um outro trabalho – um trabalho novo –, que deverá ser retomado nos próximos dias. “É todo feito de música inéditas, que vai culminar em um novo espetáculo, de música e teatro.”
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Renato tem consciência de que a música brasileira vive uma queda de qualidade. “A fatia do mercado que consome música boa está cada vez menor. Isso atrapalha muito. Mas não pretendo mudar de estilo em função do mercado. Procuro fazer o melhor que posso e quero ajudar essa fatia a crescer.” Ele próprio, atualmente, se limita a ouvir mais música clássica do que pop. “Tem muita gente imitando muita gente. É muito Los Hermanos desafinado e por aí vai. Acho que o problema maior são as composições. Estamos carentes de músicas boas e novas.”
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