Cultura e Lazer

Renato Sperb: quatro décadas de caminhada pela arte

Não seria exagero dizer que a música fez parte da vida do santa-cruzense Renato Sperb Filho desde sempre. Aos 52 anos, tendo nascido em 3 de fevereiro de 1971, diz que tem recordações relacionadas a melodias desde a mais tenra infância, quando, na companhia dos pais, Renato Pereira Sperb e Vera Maria Jungblut Sperb, ambos falecidos, e logo do mano Rodrigo, dois anos mais novo, visitavam o tio-avô Raul Jungblut, exímio pianista. Foi ele quem apresentou a Renato as peças clássicas. E logo uma das filhas dele, Claudia Jungblut, que cumpriu exitosa carreira como cantora, tornou-se sua professora de violão, por volta dos 11 anos.

Em casa, quando os pais adquiriram um toca-discos, apaixonou-se por dois vinis, de Julio Iglesias e de Roberto Carlos. Ele e o irmão Rodrigo, que o seguiu no gosto pela música, estudaram no Colégio São Luís. Ali, tocou violão elétrico (novidade absoluta) nos famosos Canarinhos. E ainda garoto recebeu convite de Evandro Martins para integrar a banda Viúva Negra, que este fundara. Corria o ano de 1984. Logo Renato e Rodrigo, na companhia de Eduardo Ritt, criaram a banda Metamorfose, e desta, já em 1985, passaram à fundação da Íris Ativa, agora na companhia de Killy Freitas, seu colega de escola (Killy depois faria o caminho contrário de Renato e iria para a Viúva Negra, onde está até hoje). A Íris firmou-se a ponto de, quase quatro décadas depois, seguir firme na estrada.

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Foi com a Íris Ativa que Renato afinou seu estilo de composição, que resultou no disco Olhos na Pista, nos anos 90. Nos shows, fazem releituras de clássicos nacionais e internacionais. Nestes não poderiam faltar os Beatles, uma de suas grandes paixões, que começou com a audição de Imagine. Em paralelo à banda, Renato desenvolveu projetos pessoais, como o esforço que resultou no primeiro CD digital gravado em Santa Cruz, Dança do Tempo, em 1997, quando tinha 25 anos, em parceria com Astor Rocha. E depois viria o álbum Rellycário, gravado em conjunto com o amigo Killy Freitas.

Na Íris Ativa, na qual toca guitarra e violão e lidera o vocal, hoje tem a companhia do irmão Rodrigo, na bateria; de Miguel Beckenkamp na guitarra; e de Sílvio Marmitt, o Vicão, no baixo. A banda tem até uma formação alternativa, só de Renato e Rodrigo, que se apresentam como Íris Acústica. Renato ainda contribui com frequência em espetáculos diversos, inclusive para público infantojuvenil. Foi dele a trilha para a peça Enquanto os Anjos Tomam Coca-Coca, com direção de Camilo de Lélis, no início dos anos 2000. Em 2015, reuniu parcela de sua produção de poemas e canções no livro Dança dos sentidos, pela Editora Gazeta, que trazia ainda um CD.

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Atualmente, está em cartaz a peça infantil O Sol de Cada Um, do Grupo Sintonia Teatral, com direção de Jackson Zambelli, por cuja trilha Renato respondeu, em parceria com Vinícius Corrêa. Ainda no teatro, colabora com Duca Spall e Simone Bencke, do Grupo Camarim, na peça Rádio Fascinação, em parceria com o Instituto Crescer Legal, do SindiTabaco. Esse trabalho viaja por todo o Sul do Brasil. E compôs as canções para o livro infantil Viagem de trem, da escritora cachoeirense Valquíria Ayres Garcia, radicada em Santa Cruz, obra lançada pela editora Vírtua, de Caxias do Sul.

Enquanto seguem os shows com a Íris Ativa, Renato atua junto à Gazeta Grupo de Comunicações, como arte-finalista. Na carreira musical, trabalha na finalização de dois vídeos para canções de sua autoria, e pretende igualmente investir em um vídeo de divulgação. A partir desta segunda-feira, também responderá pela inserção diária de informações culturais na 99,7, no quadro “Hoje no Tempo”. Na vida pessoal, é pai de Maria Eduarda, 23 anos, formada em engenharia civil, de um relacionamento anterior; e de Yago, 22, que cursa engenharia mecânica, de outro relacionamento. E está iniciando um novo relacionamento, ao passo que vivencia, como foi ao longo de toda a sua vida, o intenso mergulho na música e nas artes.

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Cinco músicas referenciais para Renato:

  • Eleanor Rigby (Lennon/McCartney)
  • Piano Concerto n° 22 em Mi bemol 3° Mov. K482 (Mozart)
  • Ibicuí da Armada (Vitor Ramil)
  • Your Move (Jon Anderson/Cris Square – Yes)
  • Isolation (John Lennon)

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Naiara Silveira

Jornalista formada pela Universidade de Santa Cruz do Sul em 2019, atuo no Portal Gaz desde 2016, tendo passado pelos cargos de estagiária, repórter e, mais recentemente, editora multimídia. Pós-graduada em Produção de Conteúdo e Análise de Mídias Digitais, tenho afinidade com criação de conteúdo para redes sociais, planejamento digital e copywriting. Além disso, tive a oportunidade de desenvolver habilidades nas mais diversas áreas ao longo da carreira, como produção de textos variados, locução, apresentação em vídeo (ao vivo e gravado), edição de imagens e vídeos, produção (bastidores), entre outras.

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