O Grêmio frustrou o seu torcedor na noite de quarta-feira, 20. Apoiado por mais de 40 mil torcedores, a equipe tricolor deixou a desejar mais uma vez e ficou no empate em 2 a 2 com o Juventude. Após a partida, o técnico Renato Portaluppi reconheceu a superioridade do rival gaúcho e afirmou que o ponto conquistado com o gol marcado nos acréscimos, devido às circunstâncias da partida, foi importante na busca por concretizar a permanência na elite.
“Nós entramos com um sistema totalmente diferente. Tivemos três, quatro dias para treinar. Mesmo que você tenha 10, 15 dias, não vai mudar a maneira de jogar de um time da noite para o dia. Se alguém merecesse vencer hoje, seria o Juventude, pelo que aconteceu durante a partida. Então por isso que eu digo: na pior das hipóteses, o resultado não foi ruim. Pelo que aconteceu durante a partida, o Grêmio ganhou um ponto”, declarou Renato. “Temos que dar muito mais, todos nós, para que nas próximas duas rodadas a gente consolide a pontuação que precisamos”, complementou.
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Renato novamente colocou na enchente a culpa da campanha ruim no Brasileirão. Segundo o treinador, o time desperdiçou pontos importantes enquanto jogava longe do Rio Grande do Sul, em função da tragédia climática que atingiu o Estado em maio.
“Se você for ver todos os anos que eu trabalhei no Grêmio, o clube brigou sempre na parte de cima da tabela, chegando sempre numa Libertadores. Esse ano o Grêmio jogou muitos fora da Arena, e a Arena faz a diferença. Aí você vai falar: mas o Grêmio tem jogado na Arena. Mas aí entra a parte psicológica, que o time não tá lá em cima da tabela. Aí tem a torcida que muitas vezes se irrita porque quer o resultado”, justificou.
Renato ainda lançou um desafio ao treinador que venha a ocupar o seu lugar, caso não renove para 2025. “Se por acaso eu for embora, eu vou, de longe, sempre continuar torcendo para o Grêmio. Eu quero que um treinador venha aqui e faça 50% do que eu faço nesse clube. Gravem o que estou falando para vocês. Qualquer outro treinador que chegar aqui, se ele fizer 50% do que eu faço aqui, eu vou ficar satisfeito”, comentou. “O Grêmio tem quatro jogos. Eu estou garantindo que não vai cair. Bom, depois, nós temos um presidente, um vice, um executivo, eu sento com eles, e a gente resolve isso em três minutos”, concluiu.
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“Não temos desculpas”, diz Braithwaite
Para Braithwaite, os grandes responsáveis pelo mau resultado em casa, e que merecem receber as devidas críticas, foram os próprios atletas da equipe.
“Nós, jogadores, temos que fazer muito mais no campo, não temos desculpas. Não é o treinador, não é a torcida, somos nós, temos que melhorar. Não fizemos o que havíamos preparado”, disparou. “Estamos todos juntos, temos uma torcida enorme e juntos vamos sair dessa. Mas hoje era um jogo para ganhar”, finalizou.
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Antônio Brum fala sobre ambiente de pressão
As vaias da torcida na Arena ditaram o ritmo da entrevista coletiva pós-jogo de Antônio Brum. Frustrado com o resultado, o vice-presidente de futebol disse compreender o sentimento dos gremistas e que, por isso, acredita que a cobrança é válida. No entanto, reforçou a busca pela “tranquilidade” do elenco.
“Futebol é feito de cobrança. Jogador que veste a camisa do Grêmio tem que saber que está sujeito a ter pressão e ser cobrado. Obviamente tem o meio termo sobre isso, e precisamos também passar confiança e tranquilidade (aos jogadores), porque a gente confia nessa grupo”, apontou.
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Segundo Brum, o objetivo é criar um bom ambiente para as partidas contra Cruzeiro e Vitória, fora de casa, e São Paulo e Corinthians, na Arena. “Temos que focar nesse últimos quatro jogos da melhor maneira possível, para que o Grêmio termine bem o ano. A gente tem trabalhado no dia a dia, já vivemos outros momentos de instabilidade nesses dois anos que estou a frente do futebol. Passar confiança a todos, dar respaldo, fazer o que está no nosso alcance para que o time consiga fazer o que dá dentro de campo. Se cobrar, não ficar satisfeito dentro de campo, mas ter tranquilidade para trabalhar, pois se não tiver tranquilidade as coisas podem ficar piores”, acrescentou o dirigente.
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