O técnico Renato Portaluppi concedeu entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira, 5, no CT Luiz Carvalho. O treinador enfatizou que o Grêmio é o seu clube do coração e da sua família. Por isso, sempre que necessário, está disposto a voltar quando é “convocado” pela direção. Renato enfatizou que conhece o Grêmio com a palma da mão e 90% dos atletas do elenco. Ele ressaltou que o principal objetivo é recolocar o Grêmio na Série A do Brasileirão, deixando a missão de fazer a equipe ‘jogar bonito’ em segundo plano.
Renato já convocou os torcedores e espera mais de 50 mil pessoas na Arena para o jogo de domingo. “Abracem esse grupo. É com esse grupo que a gente vai voltar para a Série A. Esqueçam desconfiança com qualquer jogador. Vamos lotar a Arena domingo”, disse. “Esse clube é muito grande. É uma potência para estar na Série B. É mais uma convocação. Em 2010, o Grêmio estava em 19º e chegamos na Libertadores. O Grêmio sempre me convoca e eu estou aqui. Eu gosto de desafios. Conheço o grupo e admiro nosso torcedor. Um convite destes não tinha como negar”, complementou.
Renato destacou que vai exigir entrega dos atletas, até pelos salários altos pago pelo Grêmio. O treinador concordou que o Grêmio deveria estar melhor, mas alertou que os torcedores não poderão cobrar o atual grupo de jogadores em relação ao desempenho de três anos atrás. “Da entrega dos jogadores, eu não vou abrir mão. Tenho acompanhado todos os jogos da segunda divisão, não só os do Grêmio. Eu sei bem o que nos espera. Pode ter certeza que um jogador que não está rendendo tanto, vai render mais, e o que já está rendendo bem, vai render melhor ainda. Eu sei do que o jogador gosta. Todo grupo vai subir bastante de produção. A entrega vai ser grande dentro de campo”, frisou.
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Renato salientou que o Cruzeiro não demonstra um futebol bonito, mas que tem sido eficiente para voltar à Série A. Sobre as críticas, Renato preferiu não entrar em detalhes. “Meu currículo fala por mim. Não adianta ficar mexendo no passado. O importante é daqui para frente. Ambiente positivo, para a gente voltar à Série A. Eu gosto muito do Roger. Ele estava fazendo um bom trabalho, mas os resultados não estavam acontecendo. Faz parte. É pegar coisas boas do Roger. Algumas que eu vou implantar. Não é que não está tendo, mas entrega eu vou cobrar sempre”, disse. “Vai ser um pouco de tudo. O que quero colocar na cabeça de vocês é que, se jogar bonito, tudo bem. Se jogar feio e vencer, tudo bem também. O objetivo é voltar à Série A”, completou.
Para Renato, a volta do Grêmio à Série A é importante para a rivalidade do futebol gaúcho e acredita em uma melhora de desempenho na nova missão. “Não vejo tanta diferença em buscarmos a volta ou ganharmos títulos como foi em 2016. Os dois são difíceis. Mas lá atrás foi cumprido, recolocamos o Grêmio no caminho dos títulos importantíssimos para o torcedor e para o clube. É mais uma missão, vamos buscar o objetivo agora também. Com que a missão se torne concreta. O Grêmio vai subir. É importante a união do clube com vocês da imprensa, o objetivo é ver os dois grandes na Série A sempre. É ruim para vocês também”, apontou.
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Renato afirmou que o Grêmio conta com profissionais competentes e brincou que poderia resolver se ainda estivesse dentro de campo. “Se eu fosse jogar, estaria resolvido o problema (risos). Confio no meu trabalho e na minha comissão, para que a gente possa conseguir este objetivo. O que eu vou acrescentar? Isso é com meu grupo. Mas volto a repetir, o Grêmio vai voltar à Série A”, declarou. “Chegaram vários convites este ano para mim. Tive um compromisso com minha família que não ia treinar este ano aqui. Você precisa viver, caixão não tem gaveta (risos). Recusei vários convites, mas um convite do presidente, e deste clube, eu não poderia recusar”, concluiu.
Antes da fala de Portaluppi, o presidente Romildo Bolzan destacou que a mobilização dos torcedores no aeroporto para receber o ídolo é a prova de que o grupo de jogadores pode reagir animicamente. “Estamos muito honrados pelo aceite do convite para fazer as 10 partidas. Desejamos ao Renato que tenha o que sempre teve. A prova foi a mobilização no aeroporto”, sintetizou.
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