Também muito comum em circunstâncias pessoais e atividades profissionais, o pensamento mágico no futebol consiste na ideia e suposição de que algo que não vinha dando certo deveria dar certo em algum momento seguinte. De fracasso em fracasso, o idealizado momento fica para o próximo momento seguinte. E assim sucessivamente.
Os argumentos fáticos, objetivos e repetitivos que demonstram e provam porque algo não vinha dando certo – e que muito provavelmente continuará não dando certo – não são suficientes para a superação e afastamento do pensamento mágico.
Pelo contrário, a cada “desastre” o responsável pela manutenção do pensamento mágico – aquela pessoa que poderia mudar de atitude e reconstruir a própria realidade – acredita que o sucesso está próximo.
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Um exemplo atual e repetitivo da prática do pensamento mágico no futebol está no Grêmio, meu time de estimação, comandado pelo incensado Renato Portaluppi, agora eternizado em estátua.
Gremistas e esportistas com isenção, serenidade e conhecimentos básicos de dinâmica no futebol sabem quem do atual elenco está jogando “pouco, quase nada” faz muito tempo.
Também perceberam quais jogadores estão atuando fora de posição e sem preparo físico ideal para enfrentar competições de alta rotação, a exemplo da Libertadores da América.
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Nomes? Luan e Maicon, especialmente, perderam o “timing” há muitos jogos. Maicon por limitações físicas. Luan pelo insistente estado de sonolência. Ambos em posições fundamentais, estão prejudicando o conjunto.
Mais: o argentino Walter Montoya está fora de posição. E o recém chegado Diego Tardelli está fora de forma. No recente confronto contra a equipe chilena do Universidade Católica, Renato conseguiu reunir num só jogo quatro erros conceituais. Não poderia dar certo. Como de fato não deu!
Há outros casos (no Grêmio) que provam que o exercício do pensamento mágico é uma prática constante e irresponsável. Exemplos mais antigos, os atletas Bressan (já rescindiu contrato) e Marcelo Oliveira (afastado por lesão) são unanimidades negativas entre a torcida.
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Aliás, sobre Bressan, eu escrevera premonitoriamente nas redes sociais alguns dias antes do seu desastroso pênalti a favor do River Plate – fato que determinou a eliminação do time na última Libertadores – que sua manutenção no grupo era um grave equívoco técnico e gerencial.
Mas principalmente, uma desumanidade que ultrapassava o ambiente do futebol e comprometia a pessoa e o cidadão Bressan. Lastimavelmente, restou vitimado pela idealização e o pensamento mágico do treinador!
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