Renato aponta que ajustes no vestiário determinaram virada do Grêmio

O Grêmio venceu a Ponte Preta por 3 a 1 de virada na Arena neste domingo, 16. O técnico Renato Portaluppi considerou que os ajustes no vestiário ajudaram o time a obter o resultado positivo em casa. “Corrigi algumas coisinhas no intervalo. A Ponte não saía de trás, totalmente retrancada. Estávamos demorando para tirar um zagueiro para marcar o Sheik e adiantar sempre um cabeça de área nosso, justamente para pegar o outro cabeça de área, que estava atrás dos nossos atacantes. Encurtamos os espaços, adiantamos nossa equipe, e a Ponte quase não criou mais. Ajustamos essas duas ou três coisinhas, o Grêmio cresceu e virou”, avaliou.

Ele também fez uma correção sobre o desempenho do Corinthians no Brasileirão. “Peço desculpa, me posicionei mal na entrevista e troquei uma palavra: falei que o Corinthians iria despencar, e não usei a palavra certa. Eu deveria ter falado que iria tropeçar. E nisso eu não mudo minha opinião: despencar vai ser difícil, mas vai tropeçar, sim”, garantiu o treinador.

Jogadores valorizam entrega

Os jogadores vibraram com a entrega para buscar o resultado e conseguir a virada por 3 a 1 sobre a Ponte Preta na Arena. De acordo com o lateral-direito Edílson, o grupo partiu indignado para o vestiário e buscou manter a mobilização para mudar a partida. “Começamos perdendo. Nos cobramos para virar o jogo. A Ponte tem um time muito expeiente. Valeu a luta. A equipe está de parabéns pela reação”, destaca. Ramiro também tratou de ressaltar o espírito coletivo. “É mérito da equipe. Tivemos o tesão para fazer o gol. Fomos felizes com uma bela virada”, afirmou.

Aranha reclama de xingamentos

O goleiro Aranha, da Ponte Preta, disse que foi hostilizado pela torcida do Grêmio. “Quando eu volto aqui, procuro não olhar para a arquibancada. Cada vez que eu olho, vejo ódio na cara das pessoas. Eles têm a certeza de que eu estou errado. É triste em um clube do tamanho do Grêmio, ainda há pessoas que vêm aqui atrapalhar, deixar feio o espetáculo”, afirmou. “Tenho que vir, me preocupar em jogar futebol, não tenho que revidar provocação. Na Região Sul do pais é assim, já aconteceu em vários estádios. A falta de respeito, a falta de educação está geral”, completou.

O goleiro ainda elogiou a atitude de um dos torcedores gremistas, que carregou um cartaz com uma mensagem que lhe pedia perdão pelos xingamentos do jogo contra o Santos em 2014, que provocou a eliminação do Grêmio da Copa do Brasil. “Vi o cartaz na hora que eu estava saindo, ele fez o esforço dele, fico feliz mesmo porque tem que partir de alguém. Pode ter certeza que o pai, passando esse conceito para o filho, tem tudo pra ser uma pessoa melhor. No meio de tantas pessoas que me olham com ódio, tem gente de bom coração”, finalizou.